Você viu a dificuldade de Dilma para fazer um omelete no programa da cozinheira-apresentadora Ana Maria Braga. Ela mesma disse que "foi uma tarefa mais difícil do que aprovar o salário mínimo no Congresso". Nada demais, é sempre assim com Dilma. Toda vez que, ao invés de mandar, ela mesma precisa fazer algo, é uma enorme dificuldade. A coisa não anda.
Vejam só quando ela foi promovida por Lula a Mãe do PAC. A coisa empacou. Agora esse corte de R$ 5 bilhões no Minha Casa Civil, Minha Vida é mais que uma boa desculpa para não entregar as moradias que prometeu em campanha; é um tremendo desvio de recursos para as obras da Copa do Mundo que Lula, a CBF e os comedores de tapioca com dinheiro público prometeram que seriam realizadas com recursos da iniciativa privada.
Pois hoje, já se sabe que a iniciativa privada não entrou nem vai entrar em campo. Caiu tudo no colo do governo, como era de esperar já que sempre foi assim que aconteceu nesses últimos oito anos de governo Lula, o arauto do Brasil Maravilha.
É por essas e outras que estão cortando R$ 5 bilhões do Minha Casa Civil, Minha Vida; mais de R$ 3,5 bilhões da Educação; é por isso que não tiveram dinheiro para aumentar o salário mínimo de acordo com a Constituição, nem para acabar com o fator previdenciário que assalta os ganhos dos aposentados e pensionistas. Até os caças que Lula jurou que compraria de Sarkozy ficaram para o Dia de São Nunca por falta de grana. E, se querem saber, essa é a única parte boa da história.
Para contrabalançar, Dilma se agarrará na semana que vem à "herança bendita" do Bolsa Família e vai agraciar os ociosos brasileiros com mais um aumento providencial, para que a popularidade não despenque morro abaixo, como despencou a região Serrana do Rio e nem se afogue por águas de março abaixo como se afogam São Paulo e o Sul do Brasil.