O medo
31 de ago. de 2009
O MAL QUE FAZEM AO BRASIL
O pior efeito que um governo pode provocar no povo é invadir a sua consciência. A banalização do escândalo e da esperteza provoca o sentimento da impunidade e traz a idéia de que os fins justificam os meios. Como tudo é possível – de golpes de referendo a cartões corporativos – o povo passa a agir como o governo; age tão sem moral e tão sem respeito quanto o governo. Isso é patifaria.
O governo roubou a auto-estima do povo. Faz com que ele se sinta bem com uma cômoda bolsa-esmola e na ociosidade do desemprego. Nuncanessepaís se viu o brasileiro tão feliz por ser um zero à esquerda. Isso é humilhação em forma de controle social.
Hoje, a maior perspectiva de vida do brasileiro da "pessoa comum" é ter acesso a uma carteirinha de aliado do governo. O grande sonho é ter um cartão corporativo do governo. Isso é amoralidade, despersonalização.
Educação, saúde, emprego, bom salário, segurança, dignidade, auto-estima, previdência social, casa, comida, transporte, lazer, qualidade de vida... O governo sabe: você é brasileiro, não desiste nunca! Isso é a ditadura que a sistemática maioria produz em qualquer regime. O governo fez do voto a parte mais perniciosa da democracia.
30 de ago. de 2009
MARINA E O IMPACTO
Marina Morena levou 30 anos para deixar o PT. Mas quando se pintou de verde, acabou causando o mais poderoso e fulminante imPACto na candidatura do poste preferido de Lula, dona Dima Rouchefe, mãe do PAC.
Marina é o símbolo nacional e internacional da defesa do meio ambiente, da fauna e da flora do Brasil. As obras do PAC são exatamente o avesso do que deve ser feito para melhorar a qualidade de vida no planeta.
O carro-chefe da candidatura de dona Dilma Rouchefe está saindo dos trilhos antes mesmo de entrar, já que emPACou justamente nos males que causaria a todos nós. O PAC afinal só serve para fazer os olhos de Lula tomarem o lugar do seu coração e se voltarem para o notável Antônio Palocci, mais uma "pessoa não comum" do grande colecionador de biografias, Lula da Silva.
BOLA GENÉRICA
Fui assistir ontem ao Documentário do torcedor e cineasta José Carlos Asbeg – 1958 o ano em que o mundo descobriu o Brasil. O filme reaviva a memória da conquista do primeiro título mundial da seleção brasileira de futebol em 1958 na Suécia.
28 de ago. de 2009
ACORDO BRASIL VATICANO & OTRAS COSITAS MÁS
BIOGRAFIA NÃO COMUM
ATUCANAÇÃO
Moisés Pereira
MAIS UMA "PESSOA NÃO COMUM"
Agora que recebeu, na visão de Lula, o salvo-conduto do STF, Antônio Palocci já pode - além de processar o caseiro Francenildo por injúria, calúnia, difamação e voyeurismo - Antônio Palocci já pode colocar sua biografia de "pessoa não comum" a serviço dos planos do governo. Ele tem tudo que Lula pode querer para ser candidato a governador de São Paulo, ou até - não duvidem - de dar um chega-pra-lá em Dilma Rouchefe e concorrer ao cargo do próprio Lula em 2010. Saiba o que é preciso para agradar e acalentar os sonhos de Lula, acessando a página da Wikipédia - a enciclopédia livre. Está ali, para quem quiser saber:
Antonio Palocci Filho (Ribeirão Preto, 4 de outubro de 1960) é um político e médico brasileiro, membro do PT, nacionalmente famoso por ter ocupado o cargo de ministro da Fazenda no governo Lula até o dia 27 de março de 2006, quando foi substituído pelo então presidente do BNDES, Guido Mantega. Exerce, atualmente, o mandato de deputado federal pelo estado de São Paulo (2007-2011).
É filho do artista plástico Antonio Palocci e de Antônia de Castro (Dona Toninha Palocci), que foi militante na década de 80 da organização trotskista Convergência Socialista. Formou-se na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Na juventude, militou em diversas correntes radicais de esquerda, destacando-se seu envolvimento na Libelu, corrente trotskista de extrema esquerda. Foi co-fundador do Partido dos Trabalhadores e presidente do PT-SP (1997-1998).
Como servidor da Secretaria de Saúde do estado, criou o ambulatório de saúde do trabalhador. Também chefiou a diretoria regional de vigilância sanitária (Anvisa). Aos 28 anos, depois de ocupar cargos em associações de classe, sindicatos e na CUT, disputou seu primeiro cargo eletivo como vereador. Palocci nunca perdeu uma eleição.
Acusações de corrupção
Palocci é acusado de chefiar um esquema de corrupção da época em que era prefeito de Ribeirão Preto - SP. Através da cobrança de "mesadas" de até 50 mil reais mensais de empresas que prestavam serviços à prefeitura, o ex-ministro da fazenda alimentava os cofres do seu partido, o PT, com dinheiro ilícito. Nada, porém, foi provado até este momento.
Em [[27 de março]] de [[2006]], Palocci foi demitido pelo presidente Lula do cargo de [[ministro da Fazenda]]. Sua situação ficou insustentável a partir da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro [[Francenildo Santos Costa]], testemunha de acusação contra Palocci no caso da ''casa do lobby'', mansão alugada pela chamada "República de Ribeirão Preto" para servir de sede para reuniões de lobistas e encontros com prostitutas, conforme investigações da [[CPI dos Bingos]].
Francenildo declarou ter visto o então ministro freqüentando a mansão para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula, para partilhar dinheiro além de abrigar festas animadas por garotas de programa. Seu depoimento na CPI foi cancelado por uma liminar expedida pelo STF, a pedido do senador [[Tião Viana]] (PT do [[Acre]]).
O caso envolveu diversos níveis hierárquicos dentro da estrutura do Ministério da Fazenda. Segundo apura a Polícia Federal, o presidente da [[Caixa Econômica Federal]], [[Jorge Mattoso]], teria recebido ordem - sem amparo judicial - do gabinete do ministro para verificar se havia algo suspeito na conta do caseiro.
Descobertos alguns depósitos em dinheiro acima da normalidade da conta, o assessor de comunicação do ministro Palocci, [[Marcelo Netto]], vasou o extrato do caseiro para a revista [[Revista ÉpocaÉpoca]], do grupo Globo de Comunicações, no intuito de desmoralizá-lo. Com a matéria de capa na edição de 19 de março, a revista insinuou que estes pagamentos poderiam estar sendo feitos por membros da oposição, numa alusão de que Francenildo poderia estar sendo pago para mentir.
O [[COAF]] (órgão subordinado ao ministro) abriu um processo contra Francenildo por lavagem de dinheiro. Descoberto que os depósitos eram legais, a imprensa virou-se contra o governo, estupefata com o crime de quebra de sigilo cometido pelo próprio Estado.
Após uma semana de desmentidos, acusações da oposição, protelamento de depoimentos e com a pressão dos meios de comunicação e da opinião pública, Lula alegou "quebra de confiança" e pediu o afastamento do seu mais importante ministro, último homem de sua estrita confiança que ainda permanecia no governo. Assumiu o cargo o presidente do [[BNDES]], [[Guido Mantega]]. Saíra também Jorge Mattoso, que foi indiciado pela Polícia Federal, além de parte do segundo escalão do ministério.
Palocci agora deverá enfrentar indiciamentos pelos crimes investigados na sua gestão como prefeito de [[Ribeirão Preto]].
Mas isso só vai melhorar sua situação, como se pode depreender aí no rodapé a seguir:
RODAPÉ - Como vem escapando de todos os processos - sem ser considerado inocente em nenhum caso até agora - Palocci volta a ter a folha corrida ideal para o governo fazê-lo candidato a qualquer coisa nesse país. Até mesmo à Presidência da República. Ele e seus fãs estão se lixando para a opinião pública.
REPÚBLICA DOS CALAMARES
27 de ago. de 2009
VÁ PARA A ARGENTINA
O Brasil foi um dos primeiros a ter gripe suína e vai ser um dos últimos a sair dela. Essa frase de efeito não saiu ainda do Ministério da Verdade, comandado por Franklin Martins.
A dura realidade é que o governo Lula não soube e não sabe o que fazer contra essa pandemia: limitou o uso do Tamiflu como se fosse uma medida técnico-científica para enfrentar o mal, mas apenas estava escondendo o fato de que não providenciou o estoque suficiente do remédio que acaba com o risco de vida que a gripe provoca.
O Ministério da Saúde adverte: o Brasil é o campeão mundial de óbitos por gripe suína. A persistirem os sintomas, vá para a Argentina.
Suplicy escapa de levar uma bolacha de Heráclito
26 de ago. de 2009
Brasil, Campeão Mundial em Gripe Suína!
Brasil supera EUA e lidera
mortes por H1N1, diz ministério
SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil é o país com a maior quantidade de mortes causadas pela gripe H1N1 no mundo em números absolutos, embora tenha apenas a sétima taxa de mortalidade entre os 16 países com maior número de óbitos, informou boletim do Ministério da Saúde nesta quarta-feira.
De acordo com o relatório, foram registradas 557 mortes no país até o dia 22 de agosto, o que põe o Brasil no topo do ranking de óbitos causados pela doença no mundo, à frente de México (179), Argentina (439) e Estados Unidos (522 mortes). O total de mortes nos EUA foi atualizado pela última vez no dia 15.
RODAPÉ - Só com a gripe suína o Brasil já está em primeiro lugar no ranking, imagine quando começarem a computar os óbitos por febre amarela, malária, dengue, linfomas pelo SUS, bala perdida e tuberculose! (A foto é antiga; tão antiga quanto a promessa que faz o pano de fundo).
CRUZES!!!
CRUZ DE MALTA - A cruz de Malta ou cruz de São João. Baseada nas cruzes usadas desde a Primeira Cruzada. Emblema dos Cavaleiros de São João, que foram levados pelos turcos para a ilha de Malta.
BOLA GENÉRICA
CARTÕES
O FASCÍNIO DE SARNEY
O BRASIL É DE MATAR!
Pois o governo e essas centrais sindicais chegaram a um acordo sobre aposentadorias. Uma pinóia! O governo ditou as regras, na sua mais perfeita forma de ditabranda ou democratura: fez sair na mídia que "aceitou uma proposta das centrais sindicais sobre a política de reajustes para aposentadorias acima de um salário mínimo".
Só tem uma coisinha: para "aceitar a proposta" o governo fechou o acordo mediante a promessa das centrais não insistirem na aprovação de três matérias:
1) o texto atual do PL 3.299/08, sobre o fator previdenciário;
2) a emenda do senador Paulo Paim (PT/RS) ao PL 1/07 que garante, às aposentadorias, o mesmo percentual de reajuste do salário mínimo;
3) o reajuste de 16,7% para aposentados e pensionistas que ganham mais que um salário mínimo, aprovado pelo Congresso na forma de emenda à MP 288/06 e vetado em seguida pelo presidente Lula.
Quer dizer, as únicas propostas justas e merecidas, foram dadas de mão beijada por essas centrais que se arvoram a falar em nome da gente, para o governo Lula que espezinha os que trabalharam mais de 40/50 anos, mas que dá - sem qualquer reunião com sindicato nenhum - 10% de aumento no bolsa-família para quem nunca trabalhou nem quer trabalhar.
O DITADOR
CRISE EM CASCATA NA RECEITA
EFEITO DO NATAL EXTRAORDINÁRIO
De acordo com o relatório de crédito do Banco Central divulgado hoje, a inadimplência subiu em julho pelo oitavo mês seguido e chegou ao nível recorde de 5,9%. Antes da piora na crise financeira, estava em 4%.
RODAPÉ - Bem-feito! Quem mandou acreditar no Lula que mandou vocês comprarem no Natal Extraordinário?!? Peçam agora para ele limpar seus nomes no SPC.
Deu no que deu...
De Patético a Ridículo
Suplicy é patético sempre que abre a boca e ridículo sempre que fica de boca fechada no plenário. Depois de, na véspera, arranhar a cara de pau de Sarney que queria falar de Euclides da Cunha e não das 11 acusações de bandoleiragem que foram colocadas por Paulo CaDuque no lixo da política - isso é pelonasmo - o senador paulistano-quatrocentão resolveu aparecer de vez: mostrou um cartão vermelho para o impassível presidente da maior Casa de tolerância nacional.
Conseguiu o que queria: irritar Sarney e aparecer na mídia. De noite estava em todas as TVs; hoje, na fornada matinal de todos os jornalões do país e em suas respectivas versões virtuais. Antes de gozar os efeitos de sua genial iniciativa Supla-partidária, de patético passou a ridículo: o senador Heráclito Fortes, em sua roupagem de demo, em pleno e explícito ato público pediu aparte e tacou um beliscão no ego do arremedo de árbitro senatorial:
- Vossa excelência mostrará também esse cartão vermelho para o presidente Lula?!?
O ex-garoto propaganda de Marta - a Gozadora, mais do que revelar o lobo que se abriga na costumeira pele de cordeiro, assumiu a sua terceira personalidade: o velho lutador de boxe. Deu um soco na mesa - que não reagiu. Logo "expulsou" Heráclito mostrando-lhe também o cartão vermelho. Heráclito desdenhou do gesto:
- Vossa excelência devia guardar esse cartão vermelho para apontar para o presidente Lula, que é o responsável por essa crise toda. E vossa excelência não teve coragem de lhe apontar o cartão vermelho.
Suplicy então retirou seu time de campo. Não sem antes posar uma vez mais, com o cartão vermelho em riste, para os fotógrafos que tinham perdido o seu grande lance.
RECEITA, FERRAMENTA DA DITABRANDA
Lula só espera por este desfecho para ver o que faz com seu amigo, companheiro e conselheiro, desde os tempos em que ele era prefeito em Ribeirão Preto, quando já se lixava para o que desse e viesse. Pode ser até que Palocci entre na vaga de dona Dilma Rouchefe que está saindo de cena, de fininho. Antes mesmo até que provasse ter condições de ser uma simples Mãe do PAC.
A Política é Dinâmica
Irmã de Marina Silva é vítima de assalto no Acre
Redação Terra
Uma irmã da senadora Marina Silva (AC) foi vítima de um assalto contra sua residência na noite de segunda-feira na localidade de Vila Campinas do Bagaço, cerca de 70 km de Rio Branco (AC). Os criminosos agrediram os moradores da casa e levaram uma caminhonete Hilux e R$ 5 mil em dinheiro.
Segundo informações da Polícia Militar, a casa de Maria Deuzimar da Silva foi invadida por um grupo de homens armados. Ela estava na residência, mas a polícia não soube especificar se ela foi uma das pessoas agredidas durante o assalto.
A caminhonete da família foi recuperada hoje nas proximidades da fronteira com a Bolívia, segundo a Delegacia de Polícia Civil de Plácido de Castro, responsável pela ocorrência. Os criminosos ainda não foram encontrados.
A senadora Marina Silva anunciou semana passada sua saída do PT e no final do mês se filiará ao PV, partido pelo qual é provável que se candidate à Presidência da República.
RODAPÉ - Deduzir que a coisa já começou e induzir assim que isso é obra de aloprados, pode ser demais. Mas "a política" - como se sabe - "é dinâmica".
BOLA GENÉRICA
Moisés Pereira
Porque estava fazendo o serviço militar no 9° R I, em Pelotas e era o Dia do Soldado, foi festa no quartel. Lembro da cerimônia de juramento à Bandeira e deixávamos de ser recrutas e passávamos a ser soldados.
Fomos dispensados cedo e repousava no Hotel Cacique no fim da tarde quando uma viatura veio recolhernos. O Exército entrava em prontidão. O presidente Janio Quadros renunciara e o Vice João Goulart estava na China Comunista. Esta palavra por si só era o suficiente para ouriçar os militares.
Foi uma experiência no mínimo interessante. Éramos o que, muito tempo depois viria a entender, massa de manobra e sem termos qualquer informação guarnecíamos os locais próximos ao quartel, aí incluído o Cemitério que na madrugada de muito vento zunia um ruído das coroas de metal que até assustava.
Alguns de nós fomos deslocados para Rio Grande criando um clima de mobilização militar. O que não sabíamos é que no centro do país o ministro da Guerra articulava contra a posse de Jango o vice-presidente e Leonel Brizola, governador gaúcho, liderava a Campanha da Legalidade com o apoio do 3° Exército comandado pelo Gen. Machado Lopes.
Não sei por quanto tempo ficamos nessa manobra, que nem cogitávamos, viria fazer parte da história contemporânea deste país na época da Guerra fria.
Lembro do dia em que tudo acabou: chovia muito e houve a cerimônia de dispersão no quartel com a presença de todo o contingente. Não participei deste ato porque exatamente estava de guarda, distante do quartel. Com fome, frio e molhado fui ser rendido com algumas horas de atraso. Isso levou-me a desacatar o sargento chefe da guarda na rendição que escondia suas insígnias sob o capote anti-chuva.
O Brasil ingressava na sua fugaz experiência de Parlamentarismo e todos comemoravam a volta para casa com a normalidade institucional. Menos eu que fiquei detido graças a minha rebelião contra o chefe da guarda. Foi a minha participação nesse episódio ocorrido em agosto de 1961, há 48 anos.
RODAPÉ - Bola genérica pra frente, Moisés! Quem sabe uma açãozinha de anistia - que nem Zé Dirceu, Ziraldo, Carlos Heitor Cony - pela detenção em tempos de guerrilha e revolta?!? Todo mundo é filho de Deus, né não?!?
25 de ago. de 2009
COM O CHAPÉU DOS OUTROS
RODAPÉ - De novo, Lula da Silva fala como se o dinheiro fosse dele; de novo, Lula da Silva não se dá conta de que o dinheiro que ele diz que "põe-se" não é favor nenhum, já que se trata apenas de devolução daquilo que o governo dele arrecada com os impostos sobre a produção dos paulistas; de novo, Lula da Silva, finge não saber que as obras do PAC que dona Dilma Rouchefe deveria "tocar" não saem do papel; de novo, Lula da Silva, faz cara de paisagem para a competência dos verdadeiros tocadores de obras; de novo Lula da Silva quer cumprimentar com o chapéu dos outros. No fundo, no fundo, no fundo - para não perder o bom "lulês" - Lula nem deveria se preocupar, Evo Morales provavelmente vai dar crédito ao presidente do Brasil na estrada de 300 quilômetros que vai construir com os R$ 332 milhões que Lula levou daqui para lá, no último fim de semana.
THE GUARDIAN: MARINA ENFRAQUECE CANDIDATURA DE DILMA
O que Lula diz é sagrado para a matilha de fidelidade canina que o segue e obedece cegamente aqui no Brasil. Lá fora, a conversa é outra. Lula tenta desdenhar e minimizar a saída de Marina Silva do PT que ele preside com honra. Mas do território nacional pra lá, a história é bem diferente. Veja o que o The Guardian, jornal inglês acha da passagem de Marina para o PV:
Saída de Marina é o maior problema do PT para 2010
O site do The Guardian disse nesta terça-feira que a saída de Marina Silva do PT é o maior problema para a sucessão presidencial no Brasil e para a popularidade de Lula da Silva.
Para o colunista Conor Foley, Marina era "a segunda maior personalidade internacional do PT depois de Lula". Ele acha que a sua candidatura ao lugar de Lula em 2010 pelo PV pode até não ser vitoriosa, "mas fatalmente irá enfraquecer" a candidatura de dona Dilma Rouchefe.
Ele também comenta que a candidatura de Dilma, que o PT tanto deseja que "se contagie com a crescente popularidade internacional de Lula", ainda está atrás dos dois potenciais tucanos: o governador paulista, Zé Serra, e o governador mineiro, Aécio Neves.
O jornal inglês destaca os "impactos" sofridos pelo PT nas últimas semanas: as acusações de corrupção no Senado contra Zé Sarney, apontado por Foley como "o resumo do que muitos brasileiros consideram o pior da política do seu País". The Guardian também avalia o fato do PT ter exigido dos seus senadores que apoiassem Sarney, promovendo assim a revoada de diversos políticos do partido, além de Marina Silva.
Para ele, Marina representa "uma ligação mais profunda e emocional com as raízes do PT" do que os dissidentes do partido do tempo do mensalão, como a deputada gaúcha Luciana Genro que foi parar no Psol e a ex-senadora alagoana Heloisa Helena.
A matéria salienta coisas da biografia de Marina, como o analfabetismo até o início da adolescência; destaca que ela se filiou ao partido junto com o sindicalista Chico Mendes, assassinado no Acre em 1988; e lembra que foi a mulher mais jovem já eleita senadora no Brasil.
Conor Foley conclui que o PT "sempre foi mais fraco do que o seu carismático líder, mas a perda de Marina Silva torna ainda mais difícil para o partido definir o que ele ainda representa".
RODAPÉ - Se fizerem uma pesquisa CNT/Sensus, os índices de intenção de votos não terão a menor importância. Em compensação todo mundo vai ficar sabendo que "ninguém lê o The Guardian aqui no Brasil".
BOLA GENÉRICA
Dos eventos do último fim de semana destaco a seguir os que mais chamaram a atenção em diversos esportes no Brasil e no mundo.
O BRASIL DE HOJE EM 25 DE AGOSTO DE 2005
A palavra de Buratti valia, naquele 25 de agosto, muito mais que a do pobre caseiro, até hoje desempregado e correndo o risco de ser preso por ter dununciado as farras e os achaques às burras públicas que Palocci fazia na mansão do lobby, em Brasília. Valia, porque Buratti era o vice-presidente da Leão Leão naqueles bons tempos.
Buratti deixou escorregar a idéia de que havia uma outra razão para a falta de interesse de Palocci pela propina. Pela boca de Buratti não saiu nada com relação a isso, mas o que sua boca não disse tinha um ar de que o ministro tinha resolvido respeitar o interesse de outro ministro no negócio: o assunto já vinha sendo tratado por Waldomiro Diniz, o assessor que Zé Dirceu "mal conhecia" quando era morador da Casa Civil, lugar que por isso e muitas coisinhas mais, lhe foi tomado por sua velha amiga e companheira de guerrilhas urbanas, dona Dilma Rouchefe.
Resumo da opereta bufa: o contrato da Caixa Econômica Federal com a GTech foi assinado, pela micharia de R$ 650 milhões. Bolas, R$ 16 milhões é gorjeta num volume desses. Propineiro que se preza e é considerado, não deixa por menos de 10%. Isso daria uma bijuja inicial de pelo menos R$ 65 milhas. Debocharam de Buratti.
Sorria, você não está sendo filmado!
Amanhã é quarta-feira...
Nuncanessepaís Euclides da Cunha foi tão importante para a vida e os destinos do Senado Federal. Zé Sarney - o que cospe marimbondos de fogo - se fez de bobo e falou uma hora sobre o centenário do heróico autor de Os Sertões.
Foi interrompido pelo malemolente petista, senador-cantor Eduardo Supla que queria explicações para as 11 denúncias, um time inteiro de acusações, contra o orador. Queria saber por que elas foram parar no lixo - já que Sarney já disse que não está lá para fazer a limpeza da cozinha da maior casa de tolerância do país.
Sarney ficou indignado. Acha que nem sua biografia, nem a de Euclides da Cunha mereciam tamanha curiosidade. Interrompida a liturgia da sessão baba-ovo, Sarney foi a personificação do que tem sido esse governo diante de qualquer escândalo: mudar de assunto - que há coisas mais importantes para serem tratadas. Amanhã, por exemplo, é quarta-feira, dia 26 de agosto, até a meia-noite.
24 de ago. de 2009
A alma nacional foi para os diabos que a carregam. Ou... Ai, cacete!
Ai, Cacete!
Sarney bateu boca com Suplicy ontem no Senado. Confor-tável na sua cadeira de costas largas, fez de conta que não protagonizou o mais triste papel que a maior casa de tolerância do Brasil já pôde proporcionar a uma pessoa "não-comum" de biografia ilibada, tão pura e imaculada que precisou valer-se da defesa honrada dos não menos honrados Renan Calhorda, Fernandinho Beira-Collor e Lula da Silva, como já diz e basta o seu próprio nome.
Grande coisa Sarney armar barraco pra cima do Suplicy... Renan e Collor fizeram o mesmo com Pedro Simon. Até aquele maior nanico dsesvotado, o Salgado mais insosso que a política já viu, se meteu a pau de galinheiro.
O Brasil está virado nessa balbúrdia mesmo. Nsses últimos oito anos os que balançam a pança e comandam a massa botaram do lado avesso a consciência do povo brasileiro. Com seus exemplos de corruptos bem-sucedidos, transformaram cada pobre, cada desempregado, em um corrupto sem sucesso. Os coitados, sem querer, venderam suas almas boas, bonitas e baratas para os diabos que os carregam para onde bem entendem e querem.
Nada de bom precisa ser feito pelos poderes constituídos no Brasil. Basta que os descamisados e pés descalços sejam a absoluta e esmagadora maioria para que o donos do país, aqueles que privatizaram o Brasil de cabo a rabo, continuem se dando bem. Metendo a mão nas burras públicas e gargalhando a mais não poder da própria nação. A parte miserável e tropicalmente ociosa da democracia é que, como fulminante maioria, elege a minoria rica e futricante que bota o Brasil de pernas pro ar. E mete o cacete nele!
BOLA GENÉRICA
Moisés Pereira
Quando descobri minha paixão pelo futebol, lá nos idos da Copa do Mundo de 1950 realizada no Brasil era difícil não ter uma identificação com o futebol carioca. Era na capital do país que tudo acontecia e a Rádio Nacional pelas suas ondas curtas chegava a todos os confins do Brasil, inclusive no extremo sul, na minha cidade Santa Vitória do Palmar e, como minha formação esportiva foi do rádio, eu alimentava a minha fantasia e pelo áudio me aproximava dos ídolos.
O Vasco da Gama era a base da seleção de 50: Barbosa, Augusto e Juvenal; Eli, Danilo e Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir, Jair e Chico . Seis jogavam no Vasco, e embora o vitoriense Juvenal atuasse no Flamengo eu torcia pelo Vasco da Gama. Anos depois na era Pelé fui torcedor do Santos e do Farroupilha. Hoje eu, o Renato e a Tatiana, meus filhos, e Marina a minha neta torcemos para o Grêmio e nada mais pode ser melhor.
Assim, lembro do emocionante Super-Super Campeonato carioca de 1958 quando Vasco, Flamengo e Botafogo terminaram empatados e foram para um supercampeonato que também terminou em igualdade levando ao Super-Super vencido pelo Vasco da Gama.
Se hoje parece estranho entender como sobravam datas para tantos jogos, não acontece o mesmo com a desconfiança de que houve “armação” para maior faturamento com tantos clássicos decisivos.
Hoje, ao nos depararmos com a realidade do futebol carioca somos tentados a fazer uma reflexão sobre essa acentuada decadência. É certo que com a mudança da capital para Brasília o Rio deixou de ser o centro do Poder político e institucional, mas o poder do futebol continuou. É lá que estão a CBF do monarca Ricardo Teixeira e os tribunais de justiça desportiva de Sweiter, Schmitd e outros quetais.
Não obstante este status quo, os tradicionais clubes cariocas que na seara doméstica eram incensados como maravilhas do mundo perderam espaço quando o futebol se globalizou e nacionalmente outros centros tiveram visibilidade e crescimento. O Flamengo que ostenta a maior torcida do país ainda sobreviveu com alguns títulos nacionais e internacionais nos últimos anos.
É notório que, porque o negócio futebol ganhou destaque economicamente e na mídia, dirigentes de clubes usassem essas marcas tradicionais para vantagens pessoais e aí surgiram Eurico Miranda, Montenegro, Márcio Braga, Francisco Horta e outros.
A conseqüência natural de más administrações foi que Botafogo, Vasco da Gama e Fluminense passassem a ser freqüentadores eventuais da Série B, e o Flu também esteve na C. No atual campeonato Botafogo e Fluminense ocupam posições cativas no G4 do Mal, a zona do rebaixamento e o Mengo já está se aproximando. Enquanto isso seus patrimônios decresceram e as dívidas são expressivas.
Para o futebol brasileiro não é boa essa realidade, mas por outro lado é o reflexo de que num momento totalmente profissional, quem não se organizar e não adotar técnicas de gestão modernas está fadado a não sobreviver.
NEM CHEIRO, NEM BOLSA...
Um elefante... Dois elefantes... Três elefantes...
Brasil, hexacampeão!
Piores do que os times desse Brasileirão, são os seus donos; piores que os donos, são os jogadores; piores que os jogadores, são os seus procuradores; piores que os procuradores, são os treinadores; piores que os treinadores, são os árbitros; piores que os árbitros, são as torcidas organizadas; piores que as torcidas organizadas, são os tribunais de justiça desportiva; piores do que os tribunais, são os integrantes da mídia esportiva caolha; piores do que a mídia caolha, são os cegos que não querem ver. A sorte do futebol brasileiro é que, muito pior do que tudo isso, é a seleção da Argentina; pior do que a seleção da Argentina, é o Maradona; pior do que Maradona...
INÊS É MORTA!
RODAPÉ - A própria seleção de fotos de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do Palácio, sobre essa viagem de Lula para promover a reeleição de Evo Morales, saltita no site da Presidência da República, link Secretaria de Imprensa - Fotografia, sempre que o pescoço de Lula ostenta esse colar. No espaço de sua exposição aparece a informação: "não existem fotos disponíveis até o momento". As demais imagens - desfile em carro aberto, palanque, discursos, abraços e queijos - estão liberadas. Mas, agora é tarde, Inês é morta.
23 de ago. de 2009
BOLA GENÉRICA
Quando o Corinthians perdeu três jogadores na janela de transferência para o futebol do exterior, o presidente Lula, preocupado com o destino de seu time do coração, chamou Ricardo Teixeira - o Monarca da CBF e sugeriu a adaptação do nosso calendário de competições ao europeu.
Em princípio parece simples tanto que o genro do Havelange pensou até em dar um canetaço. Mas na realidade a mudança é bem mais complexa do que se pode pensar sem uma análise mais profunda.