ZAVASCKI PEDE VISTAS E IMPEDE O FIM
DA REPÚBLICA DAS EMPREITEIRAS

O Supremo Tribunal Federal (STF) estava julgando nesta quarta-feira (11) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que tenta proibir o financiamento privado de campanhas eleitorais.

Cinco ministros já tinham se manifestado publicamente a favor da proibição da entrada de capital privado em campanhas eleitorais. E tudo ia muito bem e coisa tal quando, de repente, eis que senão quando, Teori Zavascki pediu vistas. E tudo ficou para o ano que vem.

Como se trata de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, a proibição - caso tivesse sido acatada pelo Supremo - seria imediata e já valeria para as próximas eleições. E assim caminha a humanidade aqui no Brasil da Silva.

Bom saber-se que a proibição de doações por empresas já é lei em 36 países, como Canadá, México, Bélgica, Grécia, Israel, França e Portugal. Mais da metade dos países do continente americano também possui tal impedimento.

Essa gandaia aqui no Brasil da Silva ganha poucos holofotes porque as grandes redes de comunicação - e as pequenas também - deixariam de faturar em períodos eleitorais uma grana poderosa com o fim dessa bandalheira que valoriza o segundo de TV e o centímetro de jornais e revistas um milhão de vezes mais do que o voto de qualquer brasileiro.

E então me diga: você acha que Teori Zavascki pediu vistas porque não tinha lido direito o processo que estava julgando, ou que é apenas um grato ministro indicado pelo governo?