As panelinhas de velhos atletas batidos cansados de guerra, os cartolas que se apropriaram de cada modalidade de esporte, os políticos que misturam a coisa pública com as coisas deles, levaram para Londres um Brasil Olímpico envelhecido e depauperado. Afora algumas horrorosas exceções e um que outro talento natural que nada lhes deve, nossa performance tem a cara dessa pandilha de sevandijas que botou o Brasil no bolso.

Larissa e Julina não têm culpa, mas foram só pegar um bronze na Inglaterra. E já estão pensando em disputar os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. O Brasil não tem uma política séria para o esporte, mas em compensação tem um Ministério do Esporte que é um caso sério.

PELO BRONZE
Hoje começamos a quinta-feira na honrosa 25ª posição no quadro de medalhas dos Jogos de Londres. Dos quatro países do continente americano dessa lista, o Brasil é o lanterna, atrás da decadente Cuba e da eufórica Jamaica. E, surpreendentemente, atrás até dos Estados Unidos. Bom proveito, pois, para mais esta jornada de expectativa por algumas medalhas. Torça para que sejam todas de bronze, porque as de prata e ouro, a cartolagem embolsa.

CADÊ OS ANÉIS?
Seria mentira se não fosse uma terrível verdade, mas o esporte brasileiro vai continuar nas mãos de quem está. Teremos que aturar de Londres até o Rio de Janeiro, quatro anos de convívio com esses senhores dos anéis que não nos deixam nem os dedos.

A MESMA TV
Torça para que a cobertura da Olimpíada aqui no Brasil tenha a cobertura da TV Record. Só assim, será bem menor o público que assistirá a mais um fiasco de 200 milhões de pessoas correndo atrás de meia dúzia de medalhas de ouro. Na edição deste ano até a TV estava mal preparada para participar da Olimpíada. Quem sabe, até lá, a TV do Lula ganhe a exclusividade para transmissão dos Jogos...