Distintos e vira-latas a um só tempo: tristeza pela virada sofrida pelo vôlei brasileiro; alegria porque esta medalha de ouro projetaria o Brasil do 21° lugar para a 17ª colocação, atrás de Cuba, uma posição que permitiria à cartolagem e a um governo que faz esporte por esporte passarem a impressão de que, sob seu domínio, o espírito olímpico brasileiro evoluiu.
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Mais do que valer uma medalha de ouro, esta vitória valorizaria a cartolagem que subiria quatro degraus no ranking olímpico. A tristeza é menor que a alegria. O ouro que dá felicidade vai sempre para o esquecimento de uma sala de troféus; a cartolagem iria para a vitrine do país que botou no bolso.
Obrigado, vôlei brasileiro. Obrigado pela patriotismo de arrasar com os cartolas e com os mandachuvas do esporte no Brasil.