De posse de um salvo conduto, Zé Dirceu logo tratará de apropriar-se na mão grande da máquina ministerial que tanto tempo e tanta dor de cabeça deu à primeira-mulher-presidenta para montar.
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Para chegar a tanto e tão pouco, Zé Dirceu vai colocar em prática a "estratégia de coalização" que Lula implantou com tanta eficácia, logo depois que Roberto Jefferson atirou os mensaleiros na pá do ventilador.
Escancarada a bandalheira das módicas mensalidades de 30 dinheiros para deputados e senadores líderes de siglas partidárias, Lula tomou outras providências. Mais caras e mais ágeis, até que conseguiu azeitar as engrenagens na Esplanada dos Ministérios e em todos os corredores de organismos de defesa do cidadão transformando-os em núcleos de domínio social.
A esse nível cloacal, tudo é só uma questão de compra e venda; de toma lá e dá cá; de qual é o preço; qual a moeda. Pode ser em dinheiro vivo ou morto; Caixa-2 ou recurso não contabilizado; em cargos públicos e notórios ou apenas fartamente terceirizados.
Quanto isso já custou e está custando aos cofres da nação, ninguém mais pode calcular. O ralo continua dando vazão aos rios de dinheiro que rolam pelas cloacas da República.
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E então é isso. Se o julgamento do Mensalão for mesmo o festival de absolvições que tem tudo para ser, Zé Dirceu vem com tudo. Vai pegar os ministros pra ele e, de consultor e advogado vai virar engenheiro de obra pronta: derruba a construção governamental de Dilma Vana e, como novo dono da estrutura administrativa(?!) do País, pega o partido pra ele e aí, PT saudações.
Dilma Vana não diz, mas torce freneticamente para que, no caso de Ali Babá, Zé Dirceu e seus mensaleiros, o Supremo Tribunal Federal torne realidade o velho e desacreditado aforisma de que "a Justiça tarda, mas não falha".
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Tudo pode ser provocado pela mão de Zé Dirceu, aquele que já jurou ter por Lula "uma fidelidade canina". Zé vai fazer valer o outro velho aforisma "o cão é o melhor amigo do homem". Com esse "melhor amigo" solto pelo Supremo, Dilma já sabe que para 2014 Lula é "o homem".