Div
Jogou feio, jogou errado, sem esquema e sem noção. Mano Menezes tem Ganso e Lucas, mas prefere Paulinho e Ramires; tem Dedé para a zaga, mas escala um cabeludo desarvorado...Aos 32 minutos, Neymar resolveu flutuar em campo e jogar um pouquinho da bola que tem nos pés. Pronto, foi o que bastou.
Aos 34 minutos do primeiro tempo que foi igualzinho ao segundo, numa jogada de laboratório, exaustivamente treinada entre Neymar e ele mesmo, o ainda colorado Leandro Damião aproveitou o cruzamento do garoto da Vila e garantiu de cabeça o emprego de Mano Menezes por mais um tempo.
Enquanto isso, na tribuna de honra do estádio, Pelé - o melhor jogador em campo - não sabia onde era a porta de emergência. Não conseguia livrar a nuca do bafo de Marco Maia, o segundo metalúrgico que um dia ocupou a presidência do Brasil e que, como presidente da Câmara Federal tinha muito que fazer lá na Suécia.
Na grama, o amistoso se arrastava com o selecionado da CBF tomando todas as precauções para não tomar um gol de revegueio. Aos 38 Minutos da segunda fase, como Neymar era a única coisa boa de se ver no jogo, Mano Menezes o tirou de campo para fazer as vontades de Lucas que anda meio choroso pelo banco de reservas, mais do que pela prata que abocanhou.
Div
Aos 39, só para mostrar que Mano entende uma estupidez de futebol, Alexandre Pato que há dois ou três minutos substituira Leandro Damião, consolidou o cargo do treinador de pior campanha na história do futebol brasileiro.
Um minuto depois, o mesmo Pato, revelando-se um matador implacável, infiltrou-se pelo meio e sofreu pênalti. Ele mesmo bateu, só para provar a Sílvio Berlusconi porque deve continuar no Milan e namorando a sua filha.
E assim, sem jogar bulhufas, sem ter esquema de jogo, sem ter uma equipe definida, a seleção da CBF consolida Mano Menezes por mais um tempo como técnico. É, até prova em contrário, o selo de garantia para dar na Copa das Confederações mais que uma medalha, uma taça de ouro maciço para Zé Maria Marin.