Fica olhando fascinado para o julgamento de um Mensalão, transformado em maior escândalo da história de todos os governos republicanos do País, quando sequer mostra interesse ou espanto pela prática da estratégia de coalizão implantada por Lula no corpo e na alma da nação.
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Trata-se do mais pernicioso e funesto processo de desmantelamento do caráter de um povo que do jeitinho brasileiro de ser passou a proceder como se todos fossem malfeitores contumazes de malfeitos, só para não passarem por babacas fora de moda.
O Mensalão era e continua sendo, hoje sob outro formato, apenas um esquema de comprar partidos, corromper amigos e influenciar pessoas, ao módico preço de 30 dinheiros mensais. Um sistema singelo e fraudulento de enfiar a falcatrua num embrulho de luxo chamado Caixa-2.
A estratégia de coalização, imposta por Lula invadiu, estuprou a in/consciência coletiva nacional, usando como moeda cargos, salários, comissões, concorrências, licitações, consultorias, tráfico de influência, compra e venda de tudo um pouco - de áreas públicas a rodovias; de bens e serviços governamentais a bancas de aliados nos prédios dos três Poderes constituídos...
A estratégia de coalizão inoculada por Lula no Brasil é um sistema mafioso muito mais grave que o Mensalão, porque invadiu as entranhas do Brasil e dos brasileiros. Corre hoje nas veias do cidadão que já padece com naturalidade terminal do espírito de cidadania e se espalha pelas artérias de todo o País que perdeu a saúde cívica e atravessa a mais deplorável síndrome de imunodeficiência moral.
Se o Supremo Tribunal Federal julga hoje Zé Dirceu e seus mensaleiros por esse parquinho de diversões que é o Mensalão, deveria condenar sem qualquer contemplação o intérprete de Ali Babá que fez do País um verdadeiro circo dos horrores. É uma lástima que o Brasil tenha se rendido e esteja de joelhos diante desse monumento à hipocrisia.