A ratazanosfera está que não se aguenta mais de ansiedade. E faz perguntas singelas, de si para si mesma. E lança a pergunta que a própria ratatulha não pode calar: "O Brasil melhora ou piora sem o PT?". Que blogueirozinhos bem travadinhos, né não? Se andam se perguntando sobre isso é porque já sentiram a maresia. O mar não tá pra peixe.
QUE A MULA MANQUE
A esta altura dos acontecimentos, o eleitor brasileiro tá nem aí que a mula manque, o que ele quer é rosetar. Tanto faz como tanto fez que o Banco Central tenha ou não autonomia no próximo governo; pior faz de tanto que fez o governo ter a autonomia que tem sobre o Banco Central.
Olha só o jeito que tá isso aí. Você trabalha cinco meses por ano só para pagar impostos ao governo. E ele não lhe devolve um centavo em serviços essenciais. Bota tudo no pagamento de salários do terceirizados com carteirinha de aliado que estão infiltrados na máquina pública.
Tanto faz como tanto fez que o pré-sal tenha um buraco mais em cima e outro mais embaixo, ele é mesmo mais um engodo para fisgar ingênuos. Nada ameaça mais o pré-sal do que a própria farsa do pré-sal e os cambalachos que transformaram a Petrobrás na Petrozona que aí está.
Esse desvio de holofotes nessa farra de hipocrisia pré-eleitoral é que faz o eleitor já nem se importar mais que a mula manque. Em outubro, ele vai querer é rosetar. Não deixe que desviem sua atenção. Se você tem aliados velhacos, safardanas e corruptos, então decerto você acaba sendo um deles.
BARRACOS E LAMENTOS
A campanha eleitoral está ficando bem do jeito que o diabo gosta. Dilma Coração Valente, sem pruridos de qualquer pudor pela inverdade, já não está iludindo o povo só com as imagens de um Brasil que não existe porque ela não o soube construir. Dilma está apelando pro pontapé nos fundilhos. Do pescoço pra baixo tudo é canela. E ela está gostando.
Marina Morena, fica verde de raiva e diz que a autonomia do Banco Central "é pra acabar com a interferência política". Epa! Aí Marina deu nos rins!
E o Aécio, amargando o isolamento no acachapante terceiro lugar a que foi levado nessa disputa, sai do sério; banca o bonzinho e finge que não está gostando ver as duas se engalfinhando.
Critica os ataques de uma e de outra, lamenta o barraco entre as duas e diz que não entra na briga: "Ela conviveram muito tempo no PT".
De tudo isso, o grande calcanhar de Aquiles de Aécio Neto de Neves é que ele não tem o jogo de cintura e nem a verborragia de, por exemplo, um pastor Silas Malafaia - uma língua bem mais solta que a de Lula, o orador que saiu dos portões das fábricas do ABC para as bem remuneradas palestras internacionais. O teor do discurso do tucano é bem melhor que a falaçada das duas contraditoras.
