A VIDRAÇA
Marina é a vidraça. Todo mundo joga pedra na Marina. Marina já foi chamada de tudo. Até de santa. O presidiário Zé Dirceu disse, num desses dias de folga na Papuda, que ela é o "Lula de saias".
O hoje senador petista Humberto Costa, o Drácula do escândalo dos vampiros e sanguessugas, não acha que Marina seja bem isso e chamou-a de "FHC de saias".
Agora, vem Aécio Neto de Neves e rouba o epíteto de Lula da Silva para batizá-la sem dó nem piedade como "Metamorfose Ambulante".
Marina hoje é quase uma Geni. Todo mundo joga bosta na Marina. Mas, até aqui, tudo bem. O voo de Marina vem suportando bem as turbulências. Marina está aguentando o rojão.
Eu só não quero ver e nem sequer consigo imaginar o que vai acontecer quando um desses maldosos, sem alma e sem medo de ser infeliz disser que Marina é a "Dilma de saias". Aí, não! Aí, o bicho vai pegar.
DILMA DEU BOLO NO
JORNAL DA GLOBO
Dilma deu bolo na TV Globo e não foi aos 15 minutos de fama dedicados pela emissora no Jornal da Noite a cada um dos candidatos à Presidência da República que tenham pelo menos 3% de intenção de votos pelas pesquisas de opinião que proliferam pelo Brasil da Silva afora.
Não se sabe até agora se Dilma não foi ao programa porque não recebeu antes a relação das perguntas com as respostas, ou se não foi justamente porque recebeu o gabarito.
Em todo caso, as perguntas que os apresentadores do Jornal da Globo fariam a Dilma Vana eram estas aí:
1. Os últimos índices oficiais de crescimento indicam que o país entrou em recessão técnica. A senhora ainda insiste em culpar a crise internacional, mesmo diante do fato de que muitos países comparáveis ao nosso estão crescendo mais?
2. A senhora continuará a represar os preços da gasolina e do diesel artificialmente para segurar a inflação, com prejuízo para a Petrobras?
3. A forma como é feita a contabilidade dos gastos públicos no Brasil, no seu governo, tem sido criticada por economistas, dentro e fora do país, e apontada como fator de quebra de confiança. Como a senhora responde a isso?
4. A senhora prometeu investir R$ 34 bilhões em saneamento básico e abastecimento de água até o fim do mandato. No fim do ano passado, tinha investido menos da metade, segundo o Ministério das Cidades. O que deu errado?
5. Em 2002, o então candidato Lula prometeu erradicar o analfabetismo, mas não conseguiu. Em 2010, foi a vez da senhora, em campanha, fazer a mesma promessa. Mas foi durante o seu mandato que o índice aumentou pela primeira vez, depois de 15 anos. Por quê?
6. A senhora considera correto dar dentes postiços para uma cidadã pobre, um pouco antes de ser feita com ela uma gravação do seu programa eleitoral de televisão?
GASOLINA MAIS CARA
E aí, sem mais o que fazer, vem Guido Mantega e diz que a gasolina vai subir. E completa, assim como quem não quer nada com a gente: "como todo ano". Ah, bom. Só tem uma coisinha: quando sobe a gasolina sobe tudo na vida da gente: sobe o preço do transporte pelas rodovias desse país afora; tudo que chega a nossa mesa, chega mais caro; sobe o custo dos alimentos, do vestiário, do lazer, do diabo a quatro... Como todo ano, é claro.
A CHANCHADA
Como diria um bom metalúrgico qualquer: "Quem confere ferro, com ferro será conferido".
Pois, quem diria que todo o poder conquistado pela perniciosa "estratégia de coalizão pela governabilidade" implantada e disseminada por Lula, trocando alianças por minutos de exposição na TV, acabaria se transformando no calcanhar de Aquiles do PT nesta eleição?!?
Pois, quem diria... Diria-o muito bem. Eis que Dilma Vana é um desastre como "campeã de audiência". Não vale a pena ver de novo.
Para que não se cometa injustiça, mister é que se diga que, tão ruim quanto Dilma Vana é o próprio PT de Lula na TV. O enredo do filme consegue ser o supra-sumo da plastificação da irrealidade.
O Brasil que o PT e seus produtores associados apresenta é tão irreal que beira o surreal.
E agora Lula, Dilma e o PT descobrem que na Globo o povo não é bobo.
O trunfo do tempo na TV foi revertido hoje na grande vantagem dos oponentes do PT.
Quanto mais Dilma Vana fala, menos ela sabe o que está dizendo. Está acometida pela síndrome de Lula - aquela que diz uma coisa quando está dizendo outra completamente diferente. Falta credibilidade. O argumento em cartaz é uma obra de pura fantasia; uma comédia água-com-açúcar.
O tempo de TV, objeto permanente do desejo do governo, é hoje o verdugo, o algoz que condena e leva para as cucuias o sonho de manutenção do poder de Lula, Dilma e seus associados.
Dilma Vana só tenta seguir o script que Lula lhe deu para decorar. Como nem mesmo esse papel ela interpreta bem, Lula abandona a cadeira de diretor e se escala como ator coadjuvante.
Mas, o desempenho do velho artista já não convence mais ao respeitável público.
O que era para ser um grande espetáculo, uma sucesso de bilheteria e de audiência, é apenas uma reles chanchada com um absurdo roteiro de ficção e um monumental orçamento desperdiçado.
A versão petista da dupla de mocinhos Cil Farney e Eliana, dos bons tempos da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, não está dando certo. É um fracasso retumbante.