O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

17 de set. de 2014


IBOPE DEU MARINA DE NOVO

E então, só para não perder o mau hábito, eis aí os dados de mais uma pesquisa de intenção de votos. Foi feita pelo Ibope e, se a eleição fosse hoje, Marina Silva estaria eleita no segundo turno. E já se explica: na primeira votação, Dilma teria 36% e Marina 30%; Aécio ficaria com a medalha de bronze com 19%.

No segundo turno, Marina bateria Dilma por 43% a 40%. Isso dá uma diferença de 3% que, em números arredondados, representa a vitória de Marina com uma folga de mais de 4 milhões e 200 mil votos. Pronto.

Só não saia por aí festejando, por duas pequenas razões: é só mais uma pesquisa do Ibope e a eleição não é hoje.

A PRÁTICA DA CONSPIRAÇÃO

Os mandões do PMDB, do PP e do PROS, todos aliados de carteirinha do governo, são capazes de jurar por essa luz divina e tudo quanto é mais sagrado que o vazamento dos nomes apontados pelo delator premiado Paulo Roberto Costa, foi coisa do PT.
Reprodução
O motivo do crime seria desviar a atenção do governo Dilma, grande vilão da história. Dessa vez o mordomo não é o culpado. Quem está acostumado com dossiês e operações abafa não estranha. Não se trata de nenhuma teoria de conspiração. É a prática.

Nesta quarta-feira, Paulo Roberto Costa presta depoimento na CPI da Portozorra. Não vai dizer nada. Não é maluco nem nada, para dar com a língua nos dentes e perder os benefícios da delação premiada que corre em segredo de justiça.

Sua visita aos companheiros da CPI só servirá para matar e sepultar a bandalheira toda. Ele é o coveiro que coloca a última pá de cal.

A MOSCA
O vazamento queimou os nomes de Delcídio Amaral, do PT; Eduardo Cunha, do PMDB; Cid Gomes, do PROS e Francisco Dornelles, do PP. Um de cada time, para ninguém se queixar. Com isso ficou minada a candidatura à presidência da Câmara, do incomodativo Eduardo Cunha, a mosca que pousou na sopa de Dilma.

EXEMPLO UCRANIANO
Reprodução/Ukraine Today
Na Ucrânia populares revoltados jogaram um deputado, de gravata, pasta executiva e tudo mais, numa caçamba de lixo.

Foi apenas um ato simbólico, diante do Parlamento, em Kiev.

Bem mais efetivo que aquele abraço fiasquento à Petrobrás. Realizado o feito, o povo se retirou.

Ninguém deu bola quando viu o deputado Vitaly Zhuravski sair da lixeira. Era só mais um político sujo. Se a moda pega por aqui, vai faltar caçamba.

VOCÊ SABIA?
Funcionários de carreira da Petrobrás foram impedidos de jogar pelas janelas, folhas de papel com imagem de algemas em cima dos "abraçadores" da estatal. Não é por nada, não. É só porque no Rio de Janeiro há uma lei que proíbe jogar até papel de bala nas ruas.

NA COLA DO CAVALO
É por fracassos como esse do abraço simbólico à Petrozorra que Dilma Vana continuou sendo a candidata do PT nas eleições de outubro. O cartaz de Lula anda abaixo da cola do cavalo do bandido.

Reprodução/DIV
Raposas cuidando do galinheiro.

O povão já descobriu que tudo quanto sai de sua boca está dizendo exatamente o que não é. Vale o repeteco: pode-se enganar a alguns por algum tempo; a muitos por muito tempo; mas não se engana a todos o tempo todo.

É só nessa frase que Lula se parece com Abraham Lincoln. Em assim sendo, melhor foi se segurar nas patinhas de trás.

LIBERDADE DE ESCOLHA
Nesta noite de terça-feira reparti meu tempo entre o jogo Vasco x Oeste pela Série-B do Brasileirão e o "debate" entre presidenciáveis de todos os tamanhos, promovido pela CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Até agora não sei dizer o que estava pior.

E nem sei o resultado do jogo. O que houve com o Vasco e o que esses candidatos disseram, não tem a menor importância sobre o que vai ser esta quarta-feira para mim. Entre o Vasco e o resto, optei por me deitar mais cedo. A liberdade de escolha não tem preço.

COM AÇÚCAR
Dilma diz, do fundo do seu coração valente, não ter a "menor preocupação" com o depoimento de Paulo Roberto Costa, hoje na CPI da Petrozorra. Ah, ela já sabe que ele vai ficar calado. Ora, com açúcar, até  eu.