O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

18 de mar. de 2014

O INÚTIL SALVADOR E A
SUBMISSA VENCEDORA

Mal e porcamente Eduardo Campos, de olho no Palácio, passou a desancar a lenha em cima de Dilma e logo, logo Lula saltou de banda bancando o salvador da pátria. É o pronto-socorro de campanha da Dilma. Por enquanto. Até que saia mais uma pesquisa eleitoreira.

Eduardo Campos só disse que "ninguém aguenta mais 4 anos de Dilma" e coisinhas assim que todo mundo sabe. Mas, o Cara que não tem mais o que fazer, precisa dar curso ao seu personagem preferido o Metamorfose Ambulante, aquele que tal e qual um camaleão, muda de pele e de cor, e parte para o ataque usando a língua grudenta tão ágil quanto ferina.

E aí é a sua praia; o seu chão. Disfarçado de atleta da sua modalidade política preferida, o grande cabo-eleitoral, ele passa a ter o domínio dos fatos, exercendo esse tipo de hipertrofia privada própria do conhecido coronelismo, que se adona da verdade na coisa pública, decanta e exerce o mandonismo.

É dele, desse herói meio Nacunaíma, que seus seduzidos passam a viver do filhotismo que aguenta gestos largos de aparente defesa, como se fossem verdadeiras declarações de afeto e admiração.

É com base nesses rasgos de companheirismo bom e batuta que os fracos e oprimidos de suas hostes partidárias tiram força e ânimo para romper barreiras e saltar quaisquer obstáculos que se interponham aos seus fins imediatos de manutenção do poder.

A força da língua do camaleão salva a pátria, nem que seja pelo uso e abuso de fraudes eleitorais, da desorganização dos serviços públicos essenciais, nem que seja pela estratégia da coalizão, ou a pau e corda. E no fim, no ambiente politiquento em que hoje o Brasil da Silva se encontra, tudo dá certo. E do salvador da pátria, o protegido sempre há de tirar um bom proveito.

Nessa campanha que ainda se revela um tanto quanto receosa, posto que tem pela frente a Copa das Copas, o brasileiro que vê a vida com bons e inocentes olhos perceberá que pelos palanques, pelas telas de TV, pelas páginas de jornais, de revistas, nos outdoors, na webmedia, encontrará só, apenas e unicamente, dois grandes salvadores da pátria: ele e ela.

Melhor do que isso, há de se deparar o povaréu com um grande herói e uma categórica heroína: Lula, O Inútil Salvador e Dilma, a Submissa Vencedora. Ao povo restará o papel de ser perseguido pelo espectro de um e de outra pelo resto da vida.