Provavelmente, sim. Só que não.
É que a mídia patrocinada e os noticiários enquadrados abafaram o som e desfocaram as imagens: Dilma Vana foi com Lula da Silva, na sexta-feira, a Montes Claros, em Minas Gerais.
Foi, em dia e hora de expediente normal no Palácio, fazer campanha em território inóspito para o PT e com o fito de minar o cartaz de Aécio Neto na região, mais mineiro do que Dilma Vana, gaúcha por opção.
Era um seminário com prefeitos que, na verdade, lançava a candidatura do filho de Zé Alencar ao Senado. Esqueceu de combinar com a população. Padeceu uma manifestação de universitários contra ela.
Não chegou a ser ovacionada, malgrado a sua segurança tenha sido furada pelos protestos da juventude que não teve medo de ser feliz entoando o coro alternado "Fora, Dilma!" - para questões educacionais e "Ei, Dilma, vai tomar no SUS", para o estado porcário da saúde pública.
Mas, a festa não foi assim tão descombinada. Havia baderna a favor também. E sem nenhum black bloc. Nem de um lado e nem do outro.
Militantes petistas e universitários se colocaram cara a cara e frente a frente, uns contra os outros, diante do hotel da comitiva petista.
Não chegou a haver confronto físico, mas o barraco foi grande. Os petistas retrucavam o coral desaforado dos universitários e bradavam "fora burguesia".
Quando a Polícia Militar chegou, os petistas ofenderam os estudantes inconformados chamando-os de "filhos do Prouni"!
E assim é que os garotos do PT tropeçaram em si mesmos: reconheceram que os manifestantes não eram filhinhos de papai rico.
Para fugir das vaias, Dilma e Lula - que sempre saem pela porta da frente dando abanicos e atirando beijocas - dessa vez, saíram pelos fundos do hotel, rumo ao aeroporto.