O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

27 de ago. de 2014

IBOPE TIRA A TURMA DO PALÁCIO
E COLOCA NO BOLSA FAMÍLIA

Daqui pra frente vai ser sempre assim, o brasileiro vai viver de pesquisas científicas de opinião sob encomenda até a ante-véspera de 5 de outubro. E só então, na boca-de-urna, todos os institutos acertarão os seus levantamentos.

Isso, qualquer emissora de rádio comunitária e até eu e você, sabemos fazer. E vamos todos acertar nas moscas que sobrevoam as urnas rodeadas de candidatos e políticos, objetos do desejo dos pequenos e espertos insetos dípteros.

Fato é que saiu mais uma rodada de pesquisas do Ibope. E deu pânico nas hostes palacianas.

Se a eleição fosse hoje, a turma do governo estaria toda no olho da rua, formando o mais extenso cordão de desempregados do Brasil: Dilma Vana perderia a boca-rica no segundo turno para Marina Morena verde da Silva.

O engraçado é que essa mesma turma defende com unhas e dentes o Bolsa Família, mas dá um dedo mindinho para não ser um de seus usuários.

Os dados desse Ibope presidencial foram os seguintes, para o impossível caso da eleição ser hoje: Dilma Vana teria 34% das intenções de voto; Marina Morena se pintou com 31% e Aécio Neto de Neves teria com seus 29% que se contentar em pedir a seus eleitores que se transfiram no segundo turno para a ficha dos equilibrados da ecologia.

E então, como se fosse hoje o dia do sufrágio final, Marina Morena Verde da Silva meteria uma goleada de 45% a 36% na Dilma, Coração Valente. Eis por quê, meus diletos crentes, deu pânico nas fileiras e na rampa do Palácio.

Mas, em verdade, em verdade, lhes digo: brotou euforia na companheirada boa e batuta que remurmura com ares de felicidade o velho refrão do samba de uma nota só "Volta Lula". Tristeza de uma, alegria de outro.

É aqui como se a eleição fosse hoje que, pé ante pé, começa a entrar na corrida o seu vizinho, pai-de-todos, fura-bolo e mata-piolho, como se fosse mais que um pequeno polegar, um nanico diplomático. Sem o mínimo... de pudor.