Na pesquisa Datafolha, da semana passada, 30% dos entrevistados disseram que o apoio da senadora poderia fazê-los votar em HaHaHaddad na eleição de outubro. Para outros 27%, no entanto, o efeito seria contrário. Então, Lulalelé da Cuca está certo: melhor é ficar Maluf. Faz mais seu gênero, número e grau.
MOEDA DE TROCA
Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB de Luiza Erundina, sentiu o drama e vem a São Paulo só para convencer a "nova" septuagenária a permanecer candidata a vice de HaHaHaddad e companheira de Maluf.
Se não é por homenagem a Lula, então é poorque ele tem interesse no mexe-mexe eleitoral lá em Recife, onde a coalizão PSB/PT só se deu porque Erundina foi apresentada como moeda de troca.
UM GUARDA POR ESQUINA
Sempre que aparecem para dar entrevistas e sujar de regras as telas de TV, "especialistas em segurança" recomendam que as vítimas de assaltos e sequestros-relâmpagos não devem reagir quando abordadas pelos bandidos. Isso não funciona mais. É chover no molhado. Os criminosos perderam os referenciais humanos. Matam por prazer; pela sensação de terem o poder sobre a vida e a morte. O que a população precisa é de um guarda em cada esquina. Assim fica mais fácil para um vigiar o outro e impedir que facilitem a ação da bandidagem.
Depois do apoio de Paulo Maluf e de ouvir o esperneio de Erundina dizendo-se "desconfortável" com a nova parceria, Fernandinho HaHaHaddad diz que vai "confortá-la". Decerto há de dizer à "nova" companheira que esses desconfortos são coisas da idade; que ele e Lulalelé da Cuca gostam mais dela do que de Marta Suplicy; que Zé Serra nunca deu bola para ela... Coisas assim. Relevantes para a preservação da moral político-partidária em casos de eleição, mas um achaque violento ao Estatuto dos Idosos.
O que a turma anda estranhando é que até agora o celular de Cândido Vaccarezza não emitiu nenhuma mensagem para Maluf ao estilo daquela que passou para o governador Sérgio Cabral, amigo de Cavendish. O "novo" companheiro de Lula e do PT mal pode esperar para ler o recadinho singelo no seu celular: - Maluf você é nosso, nós é teu! Pelo português, o fugitivo da Interpol pode até pensar que se trata de um texto do próprio HaHaHaddad escrito com base na cartilha do MEC que ensinava "nós pega os peixe".