O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

6 de mai. de 2011

Um dia lobo vai comer lobo

Patrulheiros de plantão acusam internos e im/pacientes do Sanatório da Notícia de generalizar a ogeriza quando tratam de políticos e de governos.

Pois assim será pelos séculos dos séculos, até que os políticos condenem os maus políticos; até que os governos da Arena não sejam iguais aos do MDB e suas variáveis de fisiologismo; até que o PT não seja o mais triste e abjeto resumo de sua própria Al-Qaeda alocada, não seja igual e tão putrefato quanto os partidos de oposição. Assim será enquanto política e governo no Brasil signifiquem apenas satisfazer as necessidades fisiológicas.

Reprodução/E. Fiuza/ABr
Os patrulheiros ainda terão muito tempo de ronda pela frente, porque o Sanatório da Notícia está em estado de esperança permanente e às raias de inaugurar um setor veterinário, porque o diagnóstico mais comum nesse Brasil de hoje confirma a filosofia do inglês Thomas Hobbes de que "o homem é o lobo do homem".

Com o cuidado adequado - quem sabe até, amanhã ou depois, um providencial tratamento de choque - a equipe sanatorial ainda vai reverter a história de que "lobo não come lobo".

Eles ainda vão se comer uns aos outros. E o tal tratamento de choque é mais provável ainda quando o que não falta nesse país é energia para Lobão de tudo que é tamanho, idade e feitio. E, se você é desavisado, saiba que tão grande quanto a alcatéia é o estoque de peles de cordeiro.

Dilma veste Prada, enquanto Lula e Zé Dirceu se digladiam, aos sorrisos amarelos, em suas fatiotas Armani, para saber quem vai tomar conta da toca palaciana em 2014.

RODAPÉ - O Sanatório  também é cultura. O provérbio lobo não come lobo, nasceu pela boca de espertos observadores italianos que usavam a expressão "cane non manggia cane" para dizer que os semelhantes não se aniquilam entre si. Depois virou "lupo non manggia lupo". Ora, se mudou quanto à espécie irracional, um dia há de mudar no meio dessa voraz alcatéia que avança e devora o Brasil.