O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

20 de abr. de 2009

REPÚBLICA DOS CALAMARES

O Sanatório gosta do Caetano cantando - ele fica até meio com cara de Gabeira - mas falando ele empata com Pelé. No lançamento de mais um CD ele misturou alhos com bugalhos e enfiou uma versão abaianada de factóide político-verborrágico: “Ter acolhido Mangabeira Unger engrandece ainda mais a figura de Lula”. Depois dessa, ele pode escolher qualquer um dos desabafos de Romário para Pelé: “Ele fala melhor com um sapato enfiado na boca” ou a mais amena: “Calado, Pelé é um poeta”.

MICOS - No cansativo mata-mata do campeonato paulista, não se sabe o que foi mais ridículo: o frango de Fábio Costa, ou a cara do Luxemburgo ao dar os doces para o Santos na sua brilhante marcha rumo a a lugar nenhum em mais uma temporada. Há mais de seis anos Luxemburgo não ganha um só título expressivo. Nesse ranking de micos dourados, tem também a cara de esgotamento físico e nervoso de Ronalducho, quando viu que conseguira ganhar na corrida do zagueiro do São Paulo e meter mais um gol na torcida e na diretoria do Corinthians que continuam pensando que o Fenômeno já voltou a ser o que era.

CAMPANHA PELO POSTE - Lula disse no fim de semana que “disputa entre Lula e Serra será privilégio; concorrência Ciro e Aécio será luxo”. O Sanatório já avisou: Lula sabe das coisas, já começou a fazer campanha para Zé Serra, caminho mais fácil e único jeito para eleger seu poste preferido, a Mãe do PAC, presidente do Brasil em 2010.


O AVESSO DO AVESSO - Luciana Genro, o avesso político do pai, também faz das suas. Em nome da simpatia pelo desgaste que Protógens Queiroz poderia causar aos opositores de sua discursalhada xiita, Luciana usou as suas passagens aéreas e pagou vôos de carreira para o delegado, vítima do poder de Daniel Dantas na República dos Calamares, fazer conferências e participar de seminários. Nesse caso, para a deputada gaúcha, as quotas aéreas justificam os meios.

ALTA VELOCIDADE - A morosidade, um dos principais problemas da Justiça brasileira, agora tem prazo para acabar. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ficou brabo e estipulou o dia 31 de dezembro deste ano para que os 93 tribunais do país – os de Justiça, os superiores e os especializados - julguem a pilha de processos que aguardam há anos por uma sentença. Então tá.

ABRE-E-FECHA - Estudo realizado pela UnB, Universidade de Brasília, revela que metade dos brasileiros fica menos de dois anos no mesmo emprego. Grande coisa, as empresas abrem e fecham em menos tempo que isso. Essa fila aí é do último fim de semana no Rio de Janeiro: tinha 9.830 candidatos a uma oferta de 120 vagas de salário mínimo.