Saltita a olhos vistos, a silhueta do "mordomo de filme de vampiro", Michel Temer, hoje cacique da Câmara que já dá os seus sinais de fumaça: "Antes de mais nada, é preciso verificar a disposição dela de enfrentar a doença e a candidatura, compatibilizando as duas". Diz isso assim, como porta-voz parlamentar que o cargo lhe confere, fazendo de conta que não está nem aí para a inusitada brecha.
De outra parte, Genro - o Tarso de Lula na Justiça - já se revela com ares de Phoenix, o que surgiu das brumas e renasceu das cinzas. Deixa de lado, por um breve tempo, a candidatura à prefeitura de Canoas - cidade dormitório de Porto Alegre - e começa a sobrevoar de novo o Planalto.
Lá do Rio de Janeiro, no alto do Corcovado, drapeja a bandeira de Sérgio Cabral, puxassaco-mór de Lula da Silva. Pensa precipitadamente - já que o tratamento do linfoma de Dilma tem 90% de chances de cura - que ele deverá ser promovido a poste preferido do presidente da República.
No meio dessas avis raras, o mais provável é que o grande candidato de Lula seja o mesmo de sempre: Zé Serra.