O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

25 de abr. de 2009

AS QUOTAS DA PANDILHA DE SEVANDIJAS

Corrupção vem do latim corruptus que, pode muito bem significar quebrado em pedaços, como também quer dizer apodrecido, pútrido. Corromper é tornar pútrido, podre.


Corrupção política é o uso e abuso que governantes, funcionários públicos e agentes privados vêm fazendo, da maneira mais i/legal possível, do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais com a finalidade de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para esse ou aquele indivíduo, ou para essas ou aquelas es/quadrilhas de indivíduos ligados por laços de interesse comum como, por exemplo, negócios, lugar de moradia, fé de mais ou de menos, ou até mesmo etnia.

Corrupção política é crime. Um crime em que, muitas vezes – no lugar de assassinatos, roubos e furtos - seus autores usam e abusam de posições de poder para praticar atos ilegais contra a sociedade. Só para lembrar: o uso de um cargo para estes fins é também conhecido como tráfico de influência. Na estrutura oficial da democracia brasileira o que não falta é traficante. De todos os escalões, de todos os mais altos coturnos, de todos os tamanhos e chinelos. Vavá, foi apenas um ingênuo inútil.

A corrupção não acontece apenas na forma de crimes subsidiários como o suborno - velha rotina que facilita o acesso ilegal ao dinheiro cobrado pela História Oficial: impostos, taxas e tributos. Ela aparece lépida e faceira também em casos como o nepotismo que, todo mundo sabe, é a nomeação de parentes, amigos, namorados e afins para cargos de administração pública. Há uma esteira incontável e incontrolável de corruptices.

Em matéria de imaginação, o brasileiro é imbatível. Por exemplo, o corriqueiro ato de um político se beneficiar de fundos públicos de uma forma diversa daquela que está prescrita em lei – leia-se aqui, por meio de seus salários - também é corrupção. Talvez você já nem se dê conta disso.

Os governos que dizem que nos governam, têm se deixado afetar pela corrupção do jeitinho mais brasileiro que se possa imaginar: desde uma mera obtenção de favor e uma simples doação de bondades - coisa assim como acesso privilegiado a bens ou serviços públicos em troca da velha amizade - até o pagamento superfaturado de obras e serviços públicos para empresas privadas barganhadas pelo bom e gostoso percentual de pagamento para o governante ou para o funcionário público que determina o pagamento, ou tenha a chave do cofre. E aí o crime de corrupção vale para quem quer que ele seja, resvalando até mesmo para a comuníssima e ridícula figura preposta do governante que determina o saque, no seu pior sentido.


Só pra não dizer que o Sanatório não tem e não fala de flores: doação de campanha aqui no Brasil, feita direitinho, não é corrupção. É nojeira. Pior que lixo hospitalar.

No estado puro e saudável da corrupção, as leis e as políticas de governo vêm sendo usadas para beneficiar os agentes econômicos corruptos - aqueles que dão e aqueles que recebem propinas - e não a população do país como um todo.

A corrupção tem levado a distorções econômicas no setor público encaminhando o investimento de áreas básicas - educação, saúde, segurança - para projetos em áreas em que as gorjetas e comissões são maiores: criação de estradas, de usinas hidroelétricas, prospecção de leite em vaca morta, petróleo, essas coisas.

À medida em que esse verdadeiro crime organizado precisa esconder os negócios corruptos fica mais claro e evidente que os agentes privados e públicos têm necessidade de aumentar a complexidade técnica desses projetos e, com isso, seu enorme e fantasioso custo.

É assim que a corrupção vem corroendo a qualidade dos serviços governamentais. Na in/justa contramão a corrupção sempre aumenta as pressões sobre o orçamento do governo. E aí você não sabe porque o governo vive aumentando os níveis de cobrança de impostos, taxas e tributos.

Quando passa algum tempo além da expectativa de acréscimo à carga tributária mais alta do mundo, a pandilla de sevandijas vende para agências de viagens as suas quotas de passagens aéreas.