Corrupção política é o uso e abuso que governantes, funcionários públicos e agentes privados vêm fazendo, da maneira mais i/legal possível, do poder político e financeiro de organismos ou agências governamentais com a finalidade de transferir renda pública ou privada de maneira criminosa para esse ou aquele indivíduo, ou para essas ou aquelas es/quadrilhas de indivíduos ligados por laços de interesse comum como, por exemplo, negócios, lugar de moradia, fé de mais ou de menos, ou até mesmo etnia.
Corrupção política é crime. Um crime em que, muitas vezes – no lugar de assassinatos, roubos e furtos - seus autores usam e abusam de posições de poder para praticar atos ilegais contra a sociedade. Só para lembrar: o uso de um cargo para estes fins é também conhecido como tráfico de influência. Na estrutura oficial da democracia brasileira o que não falta é traficante. De todos os escalões, de todos os mais altos coturnos, de todos os tamanhos e chinelos. Vavá, foi apenas um ingênuo inútil.
A corrupção não acontece apenas na forma de crimes subsidiários como o suborno - velha rotina que facilita o acesso ilegal ao dinheiro cobrado pela História Oficial: impostos, taxas e tributos. Ela aparece lépida e faceira também em casos como o nepotismo que, todo mundo sabe, é a nomeação de parentes, amigos, namorados e afins para cargos de administração pública. Há uma esteira incontável e incontrolável de corruptices.
Em matéria de imaginação, o brasileiro é imbatível. Por exemplo, o corriqueiro ato de um político se beneficiar de fundos públicos de uma forma diversa daquela que está prescrita em lei – leia-se aqui, por meio de seus salários - também é corrupção. Talvez você já nem se dê conta disso.
Os governos que dizem que nos governam, têm se deixado afetar pela corrupção do jeitinho mais brasileiro que se possa imaginar: desde uma mera obtenção de favor e uma simples doação de bondades - coisa assim como acesso privilegiado a bens ou serviços públicos em troca da velha amizade - até o pagamento superfaturado de obras e serviços públicos para empresas privadas barganhadas pelo bom e gostoso percentual de pagamento para o governante ou para o funcionário público que determina o pagamento, ou tenha a chave do cofre. E aí o crime de corrupção vale para quem quer que ele seja, resvalando até mesmo para a comuníssima e ridícula figura preposta do governante que determina o saque, no seu pior sentido.
Só pra não dizer que o Sanatório não tem e não fala de flores: doação de campanha aqui no Brasil, feita direitinho, não é corrupção. É nojeira. Pior que lixo hospitalar.
No estado puro e saudável da corrupção, as leis e as políticas de governo vêm sendo usadas para beneficiar os agentes econômicos corruptos - aqueles que dão e aqueles que recebem propinas - e não a população do país como um todo.
A corrupção tem levado a distorções econômicas no setor público encaminhando o investimento de áreas básicas - educação, saúde, segurança - para projetos em áreas em que as gorjetas e comissões são maiores: criação de estradas, de usinas hidroelétricas, prospecção de leite em vaca morta, petróleo, essas coisas.
À medida em que esse verdadeiro crime organizado precisa esconder os negócios corruptos fica mais claro e evidente que os agentes privados e públicos têm necessidade de aumentar a complexidade técnica desses projetos e, com isso, seu enorme e fantasioso custo.
É assim que a corrupção vem corroendo a qualidade dos serviços governamentais. Na in/justa contramão a corrupção sempre aumenta as pressões sobre o orçamento do governo. E aí você não sabe porque o governo vive aumentando os níveis de cobrança de impostos, taxas e tributos.
Quando passa algum tempo além da expectativa de acréscimo à carga tributária mais alta do mundo, a pandilla de sevandijas vende para agências de viagens as suas quotas de passagens aéreas.