O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

24 de abr. de 2009

FARRISTA INDIGNADO & PRESIDENTE TEMEROSO


O deputado pernambucano Silvio Costa (PMN-PE), bateu pé e reclamou das regras impostas à farra das passagens e disse que elas poderiam provocar até o fim de seu casamento. Ô casamento bem fraquinho esse.


O verdadeiro trabalhador brasileiro que não tem dinheiro para viajar nem de ônibus faz o quê com o casamento?!? Esses farristas perderam mesmo os referenciais da vergonha e da moralidade.


Apesar da mobilização, Sílvio Costa que virou deputado em 2007, informa que sua mulher só veio duas vezes a Brasília. "O presidente quando está em missão oficial leva a esposa. Então, nós, no exercício diário do nosso mandato, também estamos em missão e podemos ter o direito de escolher se levamos ou não nossa família", afirmou.


Ele não atina que todo e qualquer brasileiro no exercício do seu dia-a-dia está em missão oficial com sua família, sua cidade, sua nação, sua vida. E mais que isso, em pleno exercício de financiamento do mandato de farristas como o Seu Sílvio. É o trabalhador que paga essa bandalheira toda.


Sílvio Costa disse também que "não é um recuo, mas apenas uma adequação à realidade dos deputados". Para ele, houve exagero na utilização do benefício, mas por causa da falta de uma norma clara. Quer dizer, são burros ou mal intencionados. Provavelmente, as duas coisas. Não têm noção do que seja um comportamento ético, moral, correto. Muito menos do que seja uma norma; quanto mais clara.


Se você não sabe, os filhos de Sílvio Costa - o Ignaro, também tiveram bilhetes pagos pela Câmara e foram conhecer e perambular por Londres e Buenos Aires. "É bom deixar claro que sou contra a farra das passagens. Houve exagero, houve abuso, mas por falta de regras. Quando cheguei aqui me disseram que tudo era permitido. Portanto, o que houve foi uma omissão desde a criação de Brasília. Omissão do Ministério Público, da imprensa, de cada um dos 513 deputados que esteve no Congresso nos últimos 49 anos, afinal, isso sempre existiu", desdenhou ele da inteligência e da memória dos cidadãos comuns e de bem.


O anúncio das restrições para o uso da cota de passagens causou mal estar no Congresso. Pressionado pelos colegas, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), temeu, acovardou-se, recuou e resolveu submeter as mudanças ao plenário. Não surpreendeu a ninguém. Muito menos ao Brasil politizado.