Já o "Secreta" - Amaury de Jesus Machado, amigo do emaranhado clã Sarney é o mordomo de Roseana. Ganha R$ 12 mil por mês dos cofres públicos para trabalhar na Casa do Polvo, mas presta seus diligentes serviços à filha do pai-presidente do Senado, a mais de sete quilômetros dali, na residência que a governadora do Maranhão mantém no Lago Sul, zona da nobreza brasileira no Distrito Federal.
Ainda no hospital, safando-se de um aneurisma, falando ao jornal Folha de São Paulo, Roseana desdenhou da habitual excrescência ética: "Ele é meu afilhado. Fui eu que o trouxe do Maranhão. Ele vai à casa quando preciso, uma duas ou três vezes por semana. É motorista noturno e é do Senado. E lá até ganha bem".
Só para que ninguém esqueça, diga-se apenas que, em abril, Roseana renunciou ao cargo de senadora, para assumir o governo do Maranhão no lugar de Jackson Lago (PDT), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A indecência seria a mesma, ainda que ela estivesse no exercício do mandato.
Como qualquer senador, deputado, ministro ou presidente da República, ela não poderia ter um servidor como empregado doméstico pago pelas burras públicas. Nem mesmo a troco de salário salário mínimo, ou bolsa-família.