O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

25 de jun. de 2009

AGENDA POSITIVA

No período Lula de governo o consumo de cocaína dobrou no Brasil. O lado bom da notícia é que isso aconteceu porque "aumentou o poder de compra dos brasileiros". Então, faça como o governo gosta que você faça: veja tudo com bons olhos. Além de feijão e arroz, o bolsa-família também garante coca na mesa.

O Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (Unodc) acaba de editar o Relatório Mundial sobre Drogas/2009. A produção caiu 15% - a maior queda em cinco anos. O consumo também caiu na maior parte dos países ou, na pior das hipóteses, estagnou. Já no Brasil, o consumo da cocaína quase dobrou em três anos.

Em números absolutos, mais de 900 mil brasileiros são usuários, isso era igual a 0,7% da população entre 12 e 65 anos em 2007. Em 2001, esse índice mortal era de 0,4%. Uma vez mais, o Palácio do Planalto pede sua visão positiva do fato: isso tudo vem a conhecimento público em razão da proficiente atuação da polícia na área de números e de estatísticas. Nuncanessepaís se deu tanta divulgação ao uso e abuso da coca e seus derivados por esse povo feliz.

Um pequeno exemplo do que pode ser um carguinho qualquer, desses secretos e sem concurso na Casa do Polvo: Zé Adriano Cordeiro Sarney, neto do emaranhado Zé Sarney, opera à la gaita no mercado de empréstimos consignados do Senado Federal.

O guri medonho é sócio da Sarcris Consultoria, Serviços e Participações Ltda. Ele não teve nenhuma dificuldade de conseguir autorização de seis casas bancárias para intermediar empréstimos aos servidores da Casa do Polvo e da sogra. Para a imprensa Zézinho Sarney disse que sua locomotiva é o contrato que mantém com o HSBC. Hoje, o seu modesto negócio dos empréstimos consignados do Senado está sob investigação do Ministério Público e da Polícia Federal. Filho mais velho do deputado federal Zequinha Sarney, do Partido Verde do Maranhão, Zézinho Adriano faz questão de desligar o fio condutor de seus negócios do cartaz que seu avô desfruta. Sua empresa, a Sacris, começou a operar em fevereiro de 2007. De lá para cá, já exibe um faturamento anual beirando R$ 5 milhões. Só Lulinha chegou a tanto depois que se desempregou do Zoológico de São Paulo.