PANDILLA DE SEVANDIJAS

TUCANO QUER AGACIEL NA GAIOLA

O judoca faixa-preta, líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse e não mandou dizer nesta segunda-feira à tarde na Casa do Polvo que "alguns senadores devem ter compactuado com as supostas irregularidades cometidas pelo ex-diretor da Casa Agaciel Maia".

Virgílio quer pouco: pediu a demissão e a prisão do ex-diretor e cantou de galo que o plenário tem calado o bico porque alguns senadores têm medo do que o Agaciel pode saber: “Tenho certeza que tem senadores atrás dele. Ele não conseguiria fazer isso sozinho. Temos que investigar. A época dos panos quentes acabou”.

E foi em frente: “O clima para mim é de abafa, de não se investigar. Não tenho dúvida que se estabeleceu um certo silêncio, porque um senador sabia que seu nome seria citado em uma viagem com sua esposa”. Ele se referia às denúncias de que senadores usavam a cota de passagens aéreas para terceiros.

O craque em artes marcais também fez duras críticas a Agaciel Maia e ao ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. O líder tucano deu um vôo rasante contra a dupla. Acusou-os de formarem uma quadrilha. E baixou a lenha: “Estou apontando dois ladrões comprovados, o senhor Zoghbi e o senhor Agaciel Maia. Ganho dois inimigos, mas ninguém me fará voltar atrás. Doa a quem doer. O Senado precisa dar o nome aos bois”.

Claro que ninguém pensou em Renan Calheiros quando os bois foram mencionados. Nem haveria por quê, já que o gado do ex-presidente da Casa nunca apareceu para ninguém, em lugar nenhum do mundo. Arthur Virgílio, encerrou seu discurso com uma singela conclusão: “Isso é uma quadrilha de ladrões, que não condiz com o serviço público”.

RODAPÉ - Para o criminalista gaúcho, poeta e seresteiro Juliné da Costa Siqueira, já falecido, isso tudo não passaria de uma "pandilla de sevandijas". (A foto é de Geraldo Magela/Ag.Senado)