De Roma - Carlos Eduardo Behrensdorf
Embora não tenha terminado o arranca rabo o placar jornalístico da atualidade mostra Sem Diploma 1 x 0 Com Diploma. Nem tudo é o que parece e, por favor, não esqueçam as críticas feitas aos atuais cursos de comunicação – não todos – e aos chamados interesses outros, como escrevia vovô.
Embora não tenha terminado o arranca rabo o placar jornalístico da atualidade mostra Sem Diploma 1 x 0 Com Diploma. Nem tudo é o que parece e, por favor, não esqueçam as críticas feitas aos atuais cursos de comunicação – não todos – e aos chamados interesses outros, como escrevia vovô.
Entre os que são favoráveis aos Sem Diploma está Caio Túlio Costa, que declarou ser a favor do fim da exigência do diploma para exercer a profissão de jornalismo. Jornalista formado pela ECA-USP, Caio Túlio acredita que, a partir de agora, a formação possa melhorar e ser mais completa. Diz ele que para ser jornalista, basta ter moral e vocação. O curso universitário precisa apenas ensinar técnicas.
Ele chama a atenção para a dificuldade que a nova geração de jornalistas têm para interpretar textos. Túlio aposta que as camadas novas mídias, como celular, e-mail e Twitter, entre outros, tornarão a informação cada vez mais livre. Isso causará uma transformação na linguagem, pois o mundo está cada vez mais visual..
Acho que há um leve exagero na afirmação “... cada vez mais visual”. A multiplicidade de veículos requer texto enxuto, sem abobrinha, com informação dirigida para um público específico que pagará pelo serviço. É chegada a hora da dupla Texto & Gráficos. Dependendo do cliente, fotos ou vídeos.
O escritor português José Saramago - que jamais desfilará no carioquíssimo bloco carnavalesco “Simpatia é quase Amor” - diz que o crescimento dos blogs na internet mostra que está se escrevendo mais, embora pior. Não é bem assim. Há blogs que fazem jornalismo factual com liguagem correta e colunas que abrem o chamado leque cultural.
E de mais a mais, se ele conhecesse o SANATÓRIO DA NOTÍCIA não escreveria o que escreveu. Críticas e comentários assinados também fazem parte de um coisa chamada “jornalismo” independente do veículo. O que me deixa um pouco triste é o aumento dos anônimos que por “N” motivos – nem sempre os mais saudáveis – usam a internet para exorcizar seus fantasmas.
Como não sou exatamente um modernista da comunicação ainda acho que não é com mais esta onda que o jornal tradicional será exterminado, como pregam alguns mais afoitos. O conteúdo e a portabilidade continuarão valendo para os leitores. Será que um e-book no cafezinho esquenta a conversa?