O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

15 de jul. de 2012

Chinaglia, o inconfidente

Se há uma coisa que Lula não suporta é não ser presidente da República. Quando foi ao programa do Ratinho, cobrar uma dívida de Sílvio Santos porque o SBT botou no ar aquele torpedo analfa, à moda cartilha do MEC, passado pelo Cândido Vaccarezza para o Serginho Cabral, o Rei dos Guardanapos, Lulalelé se entusiasmou com os holofotes e demitiu Dilma Vana da campanha pela reeleição em 2014.
Montagem/Brasil247

Aproveitou para promover o comediante HaHaHaddad que, em não sendo eleito prefeito de São Paulo - como não o será - bem que pode fazer uma ponta na Praça da Alegria, com o filho do Manuel da Nóbrega.

De qualquer maneira, naquela noite televisiva Lula deu o recado para Dilma Vana: - Abre alas que eu quero passar! Ficou por isso mesmo.

Agora, no entanto, no mais puro estilo do politiquismo de encomenda, Lula está usando Arlindo, o Chinaglia - leia com sotaque italiano, por favor - como moleque de recados no bom uso de suas relações com os colegas da Câmara, onde presta serviços como líder do governo.

E o Chinaglia - olha a pronúncia! - já andou praticando a inconfidência como um segredinho de liquidificador: - Lula vai concorrer, em 2014.
A história foi abortada na coluna Radar, de Lauro Jardim, na revista Veja. E então, para reforçar o fundo de verdade ao que não é boato, Arlindo, o Chinaglia - isso, dito assim em italiano é mais explícito - cumprindo o seu papel de leva-e-trás subiu nas tamancas: - É uma mentira deslavada. Então tá. É mentira, Terta!

RODAPÉ - Só para ver como são as coisas... Basta um soprão no ouvido da minhoca e pronto, ela sai toda faceira querendo coisa. Neste fim de semana mesmo, falando para o jornal Folha de S. Paulo, o vice-presidente Michel Temer disse que reeleição não é conceito absoluto. E explicou para os menos avisados: "criou-se a ideia de que todo governante tem de se candidatar à reeleição, mas esse não é um conceito absoluto". Depois de dizer que tudo está em jogo nas próximas eleições presidenciais, concluiu em tom de alerta à saúde da primeira-presidenta Dilma Vana: "Quem foi bem deve se reeleger. Agora, o que vai acontecer em 2014 está ainda muito distante." Não é nada, não é nada, é só o efeito Chinaglia provocando azia geral.