O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

1 de jan. de 2011

Festa Tiririca da Posse

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama vem disfarçado de Hillary Clinton, mas nenhum presidente de país europeu estará de corpo presente na cerimônia de despedida de Lula que coincide com a posse de Dilma, a partir das 14h30 deste sábado 1° de janeiro de 2011, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Assim se conclui que o desprestígio da política externa do governo Lula é flagrante. Suas 85 viagens - média de uma por mês - ao redor do mundo em oito anos, serviram apenas para consolidar a imagem de um loroteiro gabola, mais para Tiririca do que para Phileas Fogg, o nobre inglês que apostou com seus pares e ímpares ser capaz de fazer Volta ao Mundo em 80 Dias.  Com dinheiro público de sobra para protagonizar uma nova versão de um dos maiores sucessos de Hollywood, Lula protagonizou, a bordo do imponente Aerolula, a superchanchada 85 Voltas ao Mundo em 8 Anos.


A resposta das andanças, peripécias e aventuras desse novo Sinbad, o Marujo dos ares, está aí: os presidentes abraçados, beijados e chamados de "meus amigos e companheiros", estão mandando seus representantes porque, na verdade, eles próprios tem mais o que fazer num feriado mundial como esse tal de primeiro dia da segunda década do terceiro milênio.

Como se fosse um relançamento do mais retumbante fracasso de bilheteria nacional "Lula - O Filho do Brasil", a festança rampeira em Brasília, vai ter que se contentar com o time de 11 governantes continentais, todos já se instalados na capital brasileira:

Da Venezuela, Hugo Chávez; da Colômbia, Juan Manuel Santos; do Peru, Alan García; do Uruguai, José Mujica; de El Salvador, Mauricio Funes; da Guatemala, Álvaro Colom; do Chile, Sebastián Piñera; da Bolívia, Evo Morales; da Guiné, Moussa Dadis Camara; do Paraguai, Fernando Lugo; da Palestina, Mahmoud Abbas e do Suriname, Desi Bouterse.

Cristina Kirchner, da Argentina não vem e dizem que chegou a pensar em mandar Maradona como representante, mas como o renomado baixinho soube que seus irmãos de fé e camaradas Fidel e Raúl Castro não vinham, achou por bem declinar da honraria. Fica para a próxima Copa. Melhor, para a próxima posse.

De qualquer maneira, a festa vai ser bonita. Lula vai se despedir de novo; o povo vai se debulhar em lágrimas; os crocodilos descerão rumo ao Paranoá; Dilma até vai assumir com certa pompa e circunstância o cargo de primeira-presidenta desse país tropical, abençoado por Lula, bonito por natureza. Lula, não; o País.