OPERAÇÃO ZELOTES PERTO DE LULA FAZ TREMER
OS ALICERCES DO PALÁCIO DO PLANALTO
As digitais de Lula estão cada vez mais visíveis no cenário do crime organizado que promove há mais de dez anos o maior escândalo de corrupção em série da história das democracias no mundo inteiro.
Não há uma porta que se abra na Esplanada dos Ministérios que não dê passagem para o gabinete de uma autoridade, de qualquer escalão no governo, em seus três Poderes constituídos, que não apresente putrefação no organismo público.
São agentes oficiais do poder dominante que arrombam e deixam arrombar o que lhes foi dado para cuidar, mas que a pandilha de sevandijas toma com se fosse tudo seu e não da nação brasileira, do povo que trabalha, paga impostos escorchantes e garante seus salários estratosféricos e seus cargos estratégicos dentro dessa máfia que virou Estado.
São os operadores credenciados da "estratégia de coalizão pela governabilidade" que começou a ser implantada no Brasil em 2002, quando Lula deixou de vez a metalurgia, mas não o sindicalismo pelego, para ser presidente da República.
Usando a estrela do PT como distintivo de xerife bom de mira, Lula adotou a tática do tiro e queda. E sem disparar uma só bala - que se ouvir o zumbido de uma bala perdida, a turma dele se manda - a democracia foi paulatinamente se tornando propriedade privada e, mais que isso, veículo ágil e faceiro da maior e mais duradoura rede de escândalos que não só o Brasil, mas qualquer outro país no planeta Terra, jamais seria capaz de suportar.
Mas, o Estado bandoleiro não contava com a astúcia dos guardiões da ordem e da justiça. A rebeldia patriótica de uma parte incorruptível da Polícia Federal; o talento e a determinação do Ministério Público Federal e a Vara impoluta do juiz federal do estado do Paraná, Sérgio Moro, coordenador da Operação Lava Jato, começaram a botar pra correr a companheirada boa e batuta.
A coisa ficou tão feia para os lados dos proprietários indébitos da democracia e do País que hoje as colunas do Palácio do Planalto, uma das residências oficiais de Dilma Vana, a Mulher Sapiens, já tremem de medo, como se estivessem sob o abraço apertado, forte e lentamente destruidor de um Hércules redivivo, cuja grande arma é não só a Constituição brasileira, mas os códigos Civil e Penal.
E sob tremeliques e síndrome do pânico, o Palácio do Governo se suja de medo pelo que ainda nem sabe muito bem como e qual vai ser a reação de Lula da Silva, o milionário Brahma do Clube do Bilhão. É que está nas suas pegadas a nova fase da Operação Zelotes.
Cinco pessoas foram presas preventivamente de ontem para hoje, terça-feira gorda, 26 de outubro de 2015. Além dessas prisões, a força-tarefa realizou buscas e apreensões em uma empresa de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do Lula grande.
Chegou aos ouvidos da descobridora da mandioca que aliados de Lula se queixam muito do ministro da Justiça, o Zé Eduardo Cardozo. É sempre assim, Lula quando não se fantasia de Brahma nunca fala por sua própria boca: ele manda que falem o que ele quer que falem, sem dizer que é ele o mandante da próxima trairagem, ou do próximo delito.
É nessas horas que Lula passa a ser o empresário Brahma, mas com o pé que é um leque para encarnar o Barba, aquele que dava com a língua nos dentes. E é isso que faz tremer as pilastras palacianas.
Servidores fiéis de Dilma, terceirizados interesseiros e a própria Dilma Coração Valente, temem e tremem do que possa vir a ser uma reação intempestiva de Lula.
Ninguém tem mais histórias pra contar do que o criador da criatura; o breve metalúrgico que foi presidente da República e hoje é presidente de honra do PT que ele mesmo quer metamorfosear numa tal de Frente Ampla, que nem vai precisar de estrela para guiar seus primeiros passos nessa democracia mal explicada e deliberadamente equivocada.
Assim como Lula pisou na bola ao confessar que Dilma pedalou, desviando dinheiro público para programas sociais pagadores de voto, Dilma causou profundo mal estar na banda bandalha de Lula ao declarar para Deus e o diabo na Terra do Sol que no governo dela não há corrupção.
Os dois são tão desmiolados, palermas e incapazes de chegar aos pés de um estadista de qualquer paraíso fiscal, que ao defenderem um ao outro, ambos se denunciaram. Ele, confessando que ela pedalou; ela afirmando que o escândalo da Petrobras foi gerado nos governos dele.
E o medo todo agora é este: Lula pode passar raspando pelo Brahma, se transformar no Metamorfose Ambulante e assumir de vez o seu mais perigoso personagem, o Barba - aquele que um dia o alçou ao cargo de presidente de honra do PT.
E o Palácio rumina pavores que estremecem os alicerces do Palácio do Planalto, afinal a palavra de Lula o presidente do PT é de honra. Vai ver que ele nem precisa assinar nenhum acordo de delação premiada. Vai delatar assim, como de costume, dos dentes pra fora.
RODAPÉ - A "estratégia da coalizão pela governabilidade" foi a tática implantada por Lula quando subiu a rampa pela primeira vez, em 2002. Ela deu início definitivo à transformação do Estado brasileiro em um balcão de compra e venda de almas penadas da coisa pública.
Uma epidemia perniciosa e contagiosa que se espalhou com uma simples pergunta: - Quanto você quer para ser meu aliado?
E nunca antes na história desse país um plano tão escabroso foi urdido e implantado com tanto sucesso. Hoje, e isso já faz algum tempo, nem é preciso mais usar o título inteiro da patifaria, basta anunciá-la como "estratégia da coalizão".