CPI - COMISSÃO DE PANTOMIMA DE INQUÉRITO
Hoje à tarde a CPI do Petrolão se reúne para apreciar, entre as paredes de mais um gabinete dessa notável democracia, o relatório final de mais esta pantomima que chega ao fim sem dar em nada. Chega ao fim e ao cabo como uma CPI que nada acrescentou e mal e porcamente se aproveitou do trabalho realizado pela Operação Lava Jato.
Pela tradicional incompetência e conhecidas segundas intenções, esse novo dramma bernesco, essa comédia popularesca não conseguiu atrapalhar o serviço da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da cabalística e dura Vara 13 do juiz Sérgio Moro, no Paraná.
Essa CPI do Petrolão foi só mais uma farsa protagonizada pelos artistas mais canastrões da política nacional. Não foi além de uma ópera bufa, uma tragicomédia em que até o script ficou fora do roteiro. Já se sabia que daria em nada, como todas as CPIs que se realizam nessa democracia de gabinete aparelhada de cabo a rabo.
O embuste dessas comissões parlamentares de inquérito tem sido tão flagrante que, daqui pra frente, todo parlamentar - deputado ou senador - que tiver a ousadia de propor uma CPI deveria ser processado por suspeita de intrujice, logro e tapeação.
E que o seja, de preferência, julgado pela Justiça comum. Longe do foro privilegiado da Corte de Lewandowski, porque no Supremo Tribunal do Governo Federal, a gente já sabe no que tudo não vai dar. Qualquer semelhança entre um julgamento no STF e uma sessão de CPI não se tratará de mera coincidência.