O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

15 de nov. de 2010

Proclamações de Repúblicas

Graças à maçonaria, um monarquista deu o golpe na monarquia e deixando de ser desafeto dos republicanos proclamou a República no Brasil. Deodoro da Fonseca foi convencido por aqueles contra quem vituperava a acabar com a farra dos monarcas.


Mais de 100 anos depois, Lula da Silva pegou Mangabeira Unger, seu detrator declarado e, usando-o como o seu hodierno Deodoro, levou-o a proclamar a República dos Calamares. Foi ali que se viu que a república estava tomando ares de hotelaria estudantil. Ou coisa parecida. A história é pura repetição. Um permanente replay.


Foi naquele longínquo dia 15 de novembro de 1889, que Deodoro - para desgosto dos monarcas - instaurou o regime republicano no Brasil. Foi um rabo-de-arraia na monarquia do Império do Brasil. Melhor, foi um coice - o golpe vinha a cavalo. Deodoro da Fonseca passou a perna seca na soberania do Imperador Dom Pedro II.


A Proclamação da República foi no Rio de Janeiro, velha e charmosa capital do Império do Brasil. Contam historiadores antigos que o fato se deu na praça da Aclamação que hoje é reconhecida como Praça da República.


A coisa não foi assim na maciota. Um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro - que nem era nome de rua naquele tempo - deu o golpe de estado. Não foi nem preciso o uso de violência. O Imperador do Brasil, D. Pedro II e o presidente do Conselho de Ministros do Império, o visconde de Ouro Preto, não estavam para briga naquele dia e sairam de fininho que a cobra estava fumando; o bicho estava pegando.


Pois, veja só como a história se repete em si mesma: naquele instante solene foi instalado um "Governo Provisório" republicano. Bem igualzinho como agora está acontecendo com dona Dilma Vana que já instalou um "Governo Provisório" que atende pelo codinome de "Transição" e, além disso, diz que é republicano também. E, como antes, a "cobra vai fumar" - como já predisse o Presideus. Ou o "bicho vai pegar" - como alardeia à toda hora.


E agora você vai me dizer se foi ou não, graças à maçonaria que a terra da gente se tornou então, o que é, ou deveria ser hoje, a República Federativa do Brasil...


Veja só quem fazia parte daquela governo de transição: o marechal Deodoro da Fonseca, como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk... Por acaso, todos eles sem exceção, eram membros regulares da maçonaria brasileira. Hoje, são todos nomes de ruas e avenidas. Talvez Wandenkolk não, por evidentes dificuldades de pronúncia.


Neste dia 15 de novembro desse glorioso ano de 2010, nem todos são maçons no "Governo Provisório" petista/peemedebista -  e nem se fala nisso - mas também ninguém é contra. E todos propugnam pela proclamação oficial da República Tiririca. A única diferença é que, por isso mesmo, a maçonaria deve estar de olho nessa transição. Espera que não confundam transição com transação. E também não está disposta a sair da sua história para entrar na vida de um estado de humor negro.


Não, não se trata de qualquer prurido étnico; o humor negro é deplorado pelo que tem de mórbido. E a Proclamação da República, em 1889, não derramou uma só gota de sangue; não houve um só morto, um só ferido. Nem mesmo um Celso Daniel para refazer a história. Então, não é disso que a gente está falando. O que se diz é que não há república no mundo que possa vir a ser proclamada sem que o seja sob o olhar discreto dos irmãos que cultivam os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade.

A verdadeira nação brasileira, agradece aos maçons que arquitetaram a República para o Brasil. Espera, agora, que não permita Deus que a gente morra sem que veja essa nossa terra onde canta o sabiá desmilinguindo a República dos Calamares, repudiando a República Tiririca e voltando para a benfazeja República Federativa do Brasil.

RODAPÉ - A ilustração é uma charge muito antiga que mostrava, com toda clareza que, naquele dia ninguém estava a fim de ir ao desforço físico. De fato, não foi preciso ir às vias de fato.