Fosse ele um bom cabrito, não estaria berrando e nem pulando como pipoca, diante dessa apenas inaugural "estratégia de coalizão pela governabilidade" posta em prática pelo vice mais presidente da República da História do Brasil.
Lula grita e pula porque sabe muito bem que se ele realizou alguma coisa nesses dois exaustivos períodos de domínio nacional, foi tirar do papel de seus discursos as suas duas grandes manobras: a implantação da esperteza na alma do povo e a formação da maior e mais submissa tropa de choque partidária do País.
Lula está pra lá de tiririca porque sabe - e muito bem - do que é mesmo que Michel Temer está falando. Parece até mentira, mas depois de tantas pelo mundo todo, essa pode ser a sua pior viagem.
Mas o expedito Lula já voltou ao tempo de semáforo: sinalizou que quer "conversar, conversar e conversar". Que nada, o Presideus quer é "converter, converter, converter". Só aos deuses do Brasil é permitido coalizar, convencer, cooptar, converter, criar alianças para o progresso pessoal e a felicidade individual dos proprietários da nação.
Morrerão todos na praia, sufocados pelo bafo na nuca, bem mais forte que os cutucões por baixo dos panos que Temer já deu à luz.
Na missa de espírito de porco presente, Dilma Vana - num amargo regresso à condição de poste iluminado - só conseguirá encomendar o corpo desse movimento natimorto, com as bençãos de Lula.
E assim, antes mesmo de se inaugurar o governo da primeira-Dona Flor e Seus Dois Maridos, o Presideus já começa a anunciar para 2014, o milagre de sua própria ressurreição.
