Mas não se anime e nem se engane. Lula quando corre perigo é assim, se recolhe e muda de cor, pega os tons e os feitios do meio ambiente. É como se defende e se prepara para o contra-ataque.

Hoje ele não fala sobre mais nada. Tá na dele. Quieto. Já mandou inclusive o seu instituto dizer que não vai comentar a reportagem da revista Veja desta semana que o coloca no olho do furacão que varreu bilhões de dólares do fundo dos poços da Petrobras.

Anda tão quieto que nem falar com Zé Dirceu ele fala. Tanto é que mandou Okamotto perguntar ao velho companheiro o que é que havia com o seu peru.

Mas, tô avisando, fique alerta: a persistirem os sintomas Lula vai desfazer esse nó na língua presa e soltar o que hoje anda atravessado na sua garganta.

Qualquer dia ele dá uma virada no clima e se transforma no Lula-Colossal, maior invertebrado em termos de massa do planeta.

Ele vem com tudo e como gosta de ser: com a maior cabeça de todos os tipos de Lula que ele interpreta no reino animal político; com os maiores olhos grossos do mundo submerso, esbugalhados a ponto de alcançarem o tamanho de um prato.

Lula , não duvidem, vem aí com enorme robustez apetezada, com bico afiado e garras giratórias em forma de ganchos fixados em seus tentáculos tão assustadores quanto coalizadores.

Lula vai sair dessa proposital e oportuna depressão. E vem com tudo, já que depois de 2018 tudo será tarde demais para o Lula, retaco, suarento e falastrão que todo mundo conhece.