No Petrolão, ao contrário do que ocorreu no Mensalão onde e quando agia como chefe da pandilha de sevandijas, Zé Dirceu deixou-se rebaixar ao posto de simples operador do esquema de corrupção que destrambelhou a Petrobras.
Seu agenciamento, maquiado de consultoria, fez bem ao seu bolso, mas enriqueceu de verdade empreiteiros, servidores públicos e políticos.
Pelos rastros que deixou, a Polícia é levada a concluir que, de segundo homem mais forte no Mensalão, Zé Dirceu submeteu-se à cobiça e ao ganho de dinheiro fácil, atuando como um bom e desenvolto traficante de interesses.
Zé Dirceu já não é primário para a Justiça. A Operação Lava-Jato pode matar de vez com o seu sonho de viver num paraíso em outras terras daqui distantes.
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...
Isso aqui não é o Texas, mas a Refinaria de Pasadena está aí para nos desmentir.
Dirceu desempenhava o papel de intermediário nanico frente aos gigantescos ganhos do doleiro Youssef e dos empreiteiros. Sua desenvoltura partidária arrebanhava políticos de lavanderia que limpavam o dinheiro sujo com as siglas dos seus partidos.
Dirceu, Youssef, políticos corruptos, empreiteiros de super obras públicas conseguiam e conseguem agir com tamanha eficácia e assiduidade por que contavam e contam com o beneplácito de figurões muito mais fortes que habitam núcleos de poder e de mando como a Diretoria, o Conselhão da Petrobras e o Palácio que domina a Esplanada e os horizontes da pátria amada, salve, salve.
E assim caminha a humanidade. De repente, o que era uma estância, uma fazendola, um rancho vira um quase inesgotável poço de petróleo.
Mas nessa versão brasileira não há Rock Hudson, James Dean e muito menos Elizabeth Taylor.
E nem isso aqui é o Texas. Quer dizer, a Refinaria de Pasadena está aí para nos desmentir.