Que Comissão da Verdade pode ser de verdade se só investiga a
História de 1946 até 1988? Que história ela quer saber para contar? A
comisão é de hoje, mas não se importa com o que é de hoje e com o que
foi daqui até 1° de janeiro de 1989.
Para a comissão,
Toninho do PT não foi morto em Campinas em 2001 e nem Lula subiu a rampa
no dia 1° de janeiro de 2002 e nem 18 dias depois Celso Daniel foi
morto e sepultado com o dossiê sobre a corrupção na prefeitura de Santo
André.
Que história pode ser redescoberta e recontada,
sem o escândalo do Mensalão, em 2005? E dos mais recentes que acabaram
defenestrando seis ou sete ministros de Dilma, todos varridos por
corrupção, malfeitos e bandidagens rasteiras?
Que se
conte, que se abra, que se arreganhe os porões da História de 46 a 88;
mas que não se deixe passar em branco as nuvens carregadas que lançam
vendavais que sufocam em pura lama esse país que está soterrado por
escândalos como aquele dos Correios e
uma centena de outros do porte do IRB, Portugal Telecom, Leão & Leão
(República de Ribeirão), Celso Daniel com morte de 7 testemunhas (até
agora);
E coisas assim como a farra da Interbrazil, dos
Cartões de crédito corporativos da presidência, do fundo partidário,
Daniel Dantas, Toninho da Barcelona, Toninho do PT, morto em Campinas; a
inocência de Duda Mendonça;
Besteirinhas de nada como o Mensalão, Waldomiro Diniz, Fundos de pensão e o Marcelo Sereno, Gilberto Carvalho O Mala Preta,
Juscelino Dourado, José Dirceu, Delúbio, Roberto Teixeira, Aerolula,
parceria com as FARC, Osasco, Foro de São Paulo, ONG Ágora, Palocci 1 e
Palocci 2 Palocci sempre;
Não querem saber nada de Furnas, já
esqueceram a caretira recheada de Paulo Okamoto lá do SEBRAE, as Cuecas
dos dólares e João Adalberto, a Firma do Lulinha, o maneiro Luís Favre,
aliás Felipe Belisario, e suas contas no Caribe, esquema da Martaxa,
emprego no Duda;
E por onde anda Jeany Mary Corner que difere
de Rosemary por não ter tanto poder e nem botar tanta banca; e o desvio
na Casa da Moeda e seu presidente; já não vale a pena saber mais nada do
passeio da cadelinha Michelle em carro oficial e nem do passeio da
Benedita da Silva em Buenos Aires?
Você viu o Anderson Adauto por aí, e lembra do Paulo Pimenta e o seu dossiê fajuto?
Nem
dão bola para aquele Passeio de Boeing dos filhos do Lula; nem para
Marta e o esquema do lixo em São Paulo, muito menos para o esquema do
lixo em todas as demais prefeituras (Ribeirão, Matão…);
A comissão, na verdade, não quer ver nada sobre a grana ilegal para o MST, UNE, UBES, FAT, o BMG e o crédito consignado...
Buratti
é santo, José Mentor abafou a CPI do Banestado e nem vale lembrar o
abraço apertado com Maluf, ou a reforma do apê do Gilberto Gil, as
maracutaias do fundos exclusivos, nem as plataformas de gás natural da
Petrobrás, ou a mentirada do pré-sal.
nesse merio tempo, de
1986 para cá, não houve Jacó Bittar, Marcos Valério, Banco Rural,
valerioduto, nem qualquer embaixador em Portugal; nem Aloisio Mecadante e
o caixa 2, ou Olívio Dutra e o Bingo/Bicho no RS, sequer há de se ter
qualquer interesse pelo professor Luizinho e o Cohiba nas festas do Gran
Bittar;
Para quê tirar do armário os esqueletos das
Madeireiras do Pará, da corrupção no IBMA e a Senadora Ana Júlia, ou
desencravar Greenhalg, o caso celso Daniel, caso Lubeca; Hugo Werle e a
madeira do MT, Roberto Marques, amigo do Zé Dirceu, Silvinho e o Land
Rover, Genoíno, Najun Turner...
Deixa pra lá o Caso dos
vampiros da saúde (Humberto Costa), os outdoors da Ideli Salvatti em
Santa Catarina e as lanchas espalhadas por aí; as doces a/venturas de
Henrique Pizzolato, Luiz Gonzaga da Silva (Gegê), acusado de homicídio,
de Ivan Guimarães e o Banco Popular.
E aquela
estrela vermelha nos jardins do Alvorada, para quê saber disso e
daquilo? Ou querer entender as contas da festa com dinheiro público para
comemorar a expulsão da Heloisa Helena; e a compra do apê da ex-esposa
do Dirceu;
Para que precisa a comissão se inteirar
sobre os R$ 300 mil dos advogados do Delúbio e os honorários do
Aristides Junqueira; quem sabe escrafuncham e conseguem mais uma Medalha
Rio Branco para o Severino Chequecheque Cavalcanti...
A
comiss~não precisa saber a verdade a respeito doescândal do
superfaturamento de contratos de patrocínio do esporte pelo B, do Caixa 2
de Tocantins e Márcia Barbos, nem do uso indevido da CIDE dos
combustíveis...
Pra que falar na compra de votos no 1o
turno da eleição para presidente do PT, da propina de Taiwan para a
campanha do Lula, da Compra do PL e José Alencar por 10 milhões no
quarto ao lado do Lula; das jóias presenteadas da D. Marisa Letícia; dos
11 caminhões de mudança de Brasília para São Bernardo...
Para
que isso tudo, se o Brasil canalha vai só de 1946 a 1988? Deixa pra lá
esse tal Rosegate, manto sagrado para absolver os pecado do governo
avançado que Lula instalou dentro do governo Dilma; deixa pra lá essa
história de usar ministérios como moeda de compra de adversários que se
fazem ministros aliados da noite para o dia.
O Brasil patife é o Brasil que vai de 1946 a 1988. Merece que se lhe faça justiça. O Brasil da Silva, de 1989 até aqui é justamente
esse que aí está. Não merece castigo. Merece apenas o aval da Comissão
da Verdade. Um jeito lacaio de contar a História Oficial. Os brasileiros
merecem.
