Como é bela a vida...
Como é bonita a visão de um cambalacho. Como é linda a vista de um conchavo. Como é bela a vida de quem troca saúde, segurança, educação por um estádio de futebol. O Mané Garrincha está divino, maravilhoso. Por fora e por dentro. Por baixo é só mais um baú da felicidade que abriga um tesouro de R$ 1 bilhão e meio já descoberto pelos piratas do Planalto Central do Brasil.
O céu inigualável de Brasília deu a cobertura ideal para o jogo de despedida de Neymar, uma jóia de 120 milhões de euros, coisa assim em torno de R$ 320 milhões pelo câmbio oficial.
O jogo do Santos contra o Flamengo, ficou no indelicado zero a zero para o adeus brasileiro a Neymar. Mais do que esperado, já que Neymar não fez gol e o Flamengo não joga nada.
Mas que a visão do cambalacho é bonita, isso não se pode negar. É assim, com beleza e ostentação, que se douram todas as pílulas que o brasileiro combalido, assustado e emburrecido vem engolindo.
E então, Neymar despediu-se em branco; vai-se daqui deixando a impressão de que não vale tudo aquilo que o Barcelona pagou por ele. Não vale pra você, brasileiro mané que já está zarolho de tanto ser enganado pelos proprietários indébitos desse país.
Diga lá só uma coisinha, meu chapa que acha que Neymar ficou devendo uma boa exibição de despedida: se você tivesse 21 anos de idade e tirado R$ 320 milhões ontem na Mega Sena, estaria jogando futebol neste domingo?
Cara, com a bolinha que você tem nos pés, teria entrado hoje no Mané Garrincha, não para jogar futebol; estaria lá negociando com o bando das maracutaias a compra de pelo menos a quinta parte desse maravilhoso elefante branco de proveitosos dentes de marfim.