E o Brasil continua acreditando em pesquisas "científicas" que saem melhor do que a encomenda nas antevésperas eleitorais. Um dia, o Ibope atende à Rede Globo; no outro, o Sensus se acomoda com a CNT; mais adiante o Datafolha diz o que a Folha de São Paulo quer saber; um pouco mais pra lá do que pra cá, o Vox Populi responde ao PT e seu governo.
Esses institutos realizam de mil a 1.500 entrevistas com respostas certas e sabidas e são tidos e havidos como exatos. É que todo mundo sabe que os 3 ou 4 pontos de margem de erro - ou de lucro, no viés de Ulysses Guimarães - se consertam na boca da urna, feita no dia da eleição - uma metodologia científica que qualquer rádio comunitária de subúrbio pode fazer com perfeição.
O Brasil de hoje vive sob o domínio da democracia lulática que se alimenta de números impostos a um povo que aprende com o MEC que dez menos sete é igual a quatro. E assim, "nós pega os peixe". Engana que a gente gosta.