BARCELONA 1 X 2 REAL MADRI
Que luxo os vestiários do Barcelona. Hotelaria cinco estrelas. Nenhuma do PT. Um espanto de organização. É o primeiro mundo do futebol.
Nada mais espantoso, no entanto, do que o Neymar fashion. Chegou de pantalones indigo, jaqueta colorida cintilante, óculos da própria grife, chapéu coco estilo Oliver Hardy e até mascando um chiclete que, pelo jeito,é da mesma marca que a Mônica, sétima mulher do marqueteiro João Santana, mascava quando chegou ostentando algemas lá na Vara do Sérgio Moro.
Nem começou o jogo e tudo já é um grande espetáculo. Dá inveja. É tudo tão civilizado que nem parece futebol. Tem cara de um nababesco garden party.
Johan Cruiff foi homenageado com um bem produzido vídeo in memorian. Ao invés do tradicional minuto de silêncio ele ganhou o primeiro minuto de aplauso de um estádio inteiro na história do futebol mundial. Depois sim, teve um minuto de silêncio.
Já lá se vão dez minutos de jogo. Neymar deixou Soares cara a cara com o goleiro do Real. O uruguaio se perdeu e perdeu o gol. Besteira, gol feito assim, ele não faz. Não sabe.
Lápelos vinte minutos, me dou conta de que o atacante Bale do Real, veio disfarçado de alguma coisa. O cabelo é de gueixa, mas ele ataca como um samurai.
Aos 35 já dá para perceber que o brasileiro Casemiro do Real Madri é, literalmente, um poeta dentro de campo. Cada jogada é um verso de pé-quebrado.
O clássico transcorre normal. O Barcelona tem a posse de bola, como sempre. Acho que daqui a pouco o Real vai querer tocar na bola.
Que nada, fim do primeiro tempo. O zero a zero é o resultado mais justo... Para quem é fanático pelo Real Madri.
Começa o segundo período e bola que anda. Aos 15 minutos escanteio para o Barça. Cabeçada fatal de Piquet. Shakira 1 x 0. O Barça parece que joga por música.
Três minutos depois, uma jogadaça do brazuca Marcelo que, para o Dunga não joga nada. Gol de Benzema, de meia pedalada. Não se espantem que apareça um porta-voz palaciano qualquer dizendo que aí teve a mão de Dilma. Em matéria de pedalada, ela sabe tudo e mais um pouco. Pronto, 1 x 1.
Aos 38 minutinhos em ponto, Sergio Ramos tomou cartão vermelho. Em seguidinha, com apenas dez jogadores em campo, Cristiano Ronaldo matou no peito e matou o goleiro do Baraça. Real 2 x 1 de virada. Isso quer dizer que sem o Sergio Ramos, o real é muito melhor.
O jogo se arrasta e termina. O Messi não entrou em campo. Ficou no vestiário procurando o 500° gol de sua carreira. Sem o Messi o Barça não é nem sombra daquele que não resta a menor dúvida.