No palanque fechado da 12ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, nesta quarta-feira, Dilma Vana disse que irá "lutar até o fim para garantir que a democracia seja respeitada". Então tá, vá que a gente acredite nela, mas inda que mal pergunte: de que lado ela está?!?
Ela também continuou insistindo na cantilena de que o processo contra ela é "eleição indireta, falsificada de impeachment".
Dilma, continua fora da casinha. Ela desconsidera a Constituição, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal federal e os milhões de brasileiros que sabem do que se trata. Dilma é o próprio outono de seu mandato.
À beira do precipício deu mais um passo à frente: Dilma disse que a retirada de um presidente do cargo "sem crime de responsabilidade fere os direitos de todos os brasileiros que foram às urnas nas eleições de 2014".
Bolas, é disso que a gente está falando. Sem crime de responsabilidade, fere mesmo. O diabo é que ela está saindo antes do tempo, justamente por causa de crime de responsabilidade. E cometeu muitos outros bem piores que ainda não estão sendo julgados nesse processo, digamos, enxuto. O delator ainda senador Delcídio Amaral, ex-líder do seu governo, é um dos que já passou a coleção para a força-tarefa da Lava Jato.
E Dilma não teve papas na língua, nem vergonha de dizer o que disse: "Nós não vamos deixar que encurtem o caminho ao poder, através de uma eleição indireta, falsificada de impeachment. O que está em questão não é apenas 54 milhões de votos. São todos aqueles que compareceram às eleições, que são 110 milhões de brasileiros. Eles também serão roubados".
Epa, opa! "Nós" quem, cara pálida e cabeça oca? Como assim, "não vamos deixar"?... De que jeito, "não vamos deixar", minha velha guerrilheira de prazo vencido: no soco, na baderna, no bala com bala?!? Diga lá, como vai ser e onde é que o pato come.
E, por favor não se atreva a me meter nesses 110 milhões de brasileiros - eu sou apenas um daqueles outros 110 milhões que não mexeram e não mexeriam uma palha para votar numa criatura que traiu o criador, mesmo sabendo que não tinha os mínimos, nem os mais comezinhos requisitos para se enfiar dentro de um palácio de governo.
Afinal, o Brasil não é um lojão 1,99 que possa ser quebrado, que possa falir nas mãos de quem não tem tino nem tirocínio para dirigir esse carro de boi que um dia se foi barranco abaixo. Faz o seguinte Madama Fora do Baralho, pegue o Boné do MST e se manda que tão pegando. Bate pé que ninguém te qué.