PACOTE DE FICÇÃO NA
POSSE DO CONSELHÃO
Para Dilma Vana, a recriação da CPMF é a "melhor solução disponível" para a crise brasileira que ela chama de "excepcionalidade do momento".
O que ela não disse na reunião intramuros que fez com 92 membros escolhidos a dedo para o Conselhão da República é que essa "excepcionalidade" se deu porque seu governo deu sumiço em 80 bilhões de reais no ano passado.
Dilma aproveitou a posse dos 92 brasileiros promovidos a conselheiros desse país para lançar um pacote de pura ficção.
Abriu um crédito de 82 bilhões de reais. Quer dizer, o povo que faça dívidas e viva com elas até que a vaca tussa.
A ficção está no fato de que ela conta com o ovo na galinha: mais de 50 bilhões com a CPMF - que não vai passar no Congresso - e coisa de 17 bilhões do FGTS, numa antecipação a prestações do dinheiro que pertence ao próprio trabalhador. Os outros cinco ou seis milhões de reais, ela vai tira daqui e dali, bancando a fada rainha.
E então, companheiras e companheiros, o Conselhão é isso, uma farsa vestida de factoide para um governo que já está entrando em fevereiro e até agora não governou nada. A "excepcionalidade do momento" vai se tornando assim tão permanente como as medidas provisórias adotadas por esse governo que não governa, só faz saber e não sabe fazer.