DELATOR DEVE TEMER MAIS A CADEIA
DO QUE AS AMEAÇAS DO CRIME ORGANIZADO
A coisa está ficando cada vez mais feia. Os tempos de Toninho do PT e de Celso Daniel estão voltando. A carga pesada em cima dos delatores premiados está chegando aos limites mais extremos no âmbito do crime organizado que se encravou na Petrobras e se enraizou no Estado, usando a democracia de gaveta como fertilizante para os canteiros de delitos sistemáticos e organizados.
A família de Nestor Cerveró e o próprio Cerveró quase morreram de medo que ele fosse morto na tal rota de fuga pelo Paraguai rumo a Espanha. Agora o lobista Fernando Moura está a perigo.
Ele quase botou fora o seu acordo de delação premiada ao isentar Zé Dirceu nas maracutaias do Petrolão. Diz agora que livrou a cara de Dirceu porque teve medo de perder a própria vida e de colocar em sério risco a vida dos seus parentes.
Ele acabou de dizer aos procuradores que mentiu, porque foi abordado por um desconhecido que o ameaçou de morte.
Moura vai depor uma vez mais. Já sabe que, para ser delator é preciso ter mais medo da cadeia do que das ameaças dessa turma simpática do crime organizado que não brinca em serviço.