O Supremo Tribunal Federal, errou clamorosamente há mais de oito anos quando aceitou para a pandilha de réus que lhe caiu no colo o epíteto de "mensaleiros" colocado pelo delator Roberto Jefferson na quadrilha de Dirceu que agia dentro da Casa Civil do governo Lula da Silva.
Eles nunca foram apenas promotores de simpáticos e corriqueiros troca-trocas, ou do velho toma-lá e dá-cá com parlamentares e aconchegados por alianças e outros serviços republicanos para seu próprio bem, como se fossem para não emperrar a mudança que o Brasil da Silva finge promover.
Mensalão é chantagem, extorsão. Mensaleiros são chantagistas, extorsionistas. Eles recebiam e davam dinheiro público e outros bens materiais ou abstratos de grande substância, como cargos, ministérios, salários, sob a terna coerção que levava todos a não queimar ninguém; a ser governo até debaixo d'água fosse qual fosse a onda, tsunami ou marolinha.
Mensaleiro, uma privica! Eram e continuam sendo até a quinta essência de outros embargos infringentes, chantagistas, extorsionistas, malfeitores da pior espécie. É justamente por isso que todo eles merecem estar gordos e ricos como estão; é por isso que eles merecem mandar como mandam nesse Brasil da Silva.
Trouxa é quem tem medo ou pudor de ensinar os filhos a serem aqui e agora o que Lula, Dilma, Lulinha, Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha, Delúbio Soares e seus similares conseguiram ser na vida. Um dia, esse brasileiro de boa paz e bom chefe de família ainda vai se arrepender amargamente de ser um pai honesto, sem eira nem beira.
Vai ter uma bonita história de retidão e moral para contar, mas já não terá sequer ouvidos que escutem as suas velhas e surradas opiniões.
Então, seu grande otário, seja um mensaleiro, você também. Vale mais que um diploma universitário; vale tanto quanto um doutor honóris causa; vale tanto quanto um bom rufião da pátria, um excelso chantagista.
Quem sabe assim, canalha o bastante, você caba até como forte candidato ao Palácio do Planalto nas próximas eleições... Só não conte com o velho, surrado e escasso voto dos que não têm vocação para serem chantagistas de primeira categoria.
RODAPÉ - No Brasil da Silva, as pessoas, os seres sociais votam numa espécie animal bípede que atende pelo chamamento de político.