Michel Temer, mordomo do filme da vampira no Brasil da Silva, dono do PMDB, o mais poderoso partido político da República dos Calamares, diz agora que "há partidos demais" por aí.
Vice-presidente desde que Dilma subiu a rampa do Palácio, Temer acha que as legendas "perderam substância" e que a criação de novas siglas foi um exagero democrático. Isso que a Rede, de Marina Morena Silva ainda nem conseguiu aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.
A verdade é que, assim como vem sendo a coisa nesse País, está pra lá de bom e justo para o PMDB. Quando foi, dos tempos da Arena para cá o ano em que o P/MDB não esteve no governo? Pois é.
É aí que o partido de Michel Temer e outras figuraças pra lá de carimbadas, faz lembrar aquela velha piada que teria envolvido Deus e o Brasil, num diálogo com São Pedro:
- Que País maravilhoso esse tal de Brasil que o Senhor criou, Mestre! Não tem maremotos, nem terremotos, nem catástrofes, muito menos racismo e desigualdades...
- Verdade, Pedro. Mas espere só um pouquinho pra você ver que gentinha eu botei pra viver lá...
Assim se deu com a derrubada da Redentora, quando Ulysses Guimarães prensou o gato pardo da ditadura, Golbery do Couto e Silva:
- Meu Bruxo, manobre aí nos bastidores a volta da democracia ao Brasil!
- Pode deixar. Eis, a seu pedido, a democracia.
- Obrigado, meu Bruxo.
- De nada, mas a democracia só voltará sob o regime do pluripartidarismo...
E assim se deu, na conversa entre Deus e São Pedro. E assim se deu, no papo furado entre Ulysses, o Senhor Diretas e Golbery do Couto e Silva, o Bruxo. Tudo resultou nisso que aí está: o impoluto e invertebrado Brasil da Silva, um país cercado de políticos por todos os lados, sitiado por 40 ministérios e refém de 32 siglas partidárias, mais uma na boca de espera.