O Sanatório da Notícia resolveu entrevistar o Garanhão de Pelotas, sobre ele mesmo. Epa, não é esse amontoado aí que você está pensando. O que a gente quis dizer é que o Sanatório resolveu entrevistar o Garanhão fazendo-o falar a respeito dele mesmo. Só isso, seu libidinosos.
SANATÓRIO - Você faria tudo outra vez?
GARANHÃO - Nem mooorta, filha!
SANATÓRIO - Nadica de nada?
GARANHÃO - Não. Muitas coisas eu as faria novamente e de bom grado. Outras, não. Jamais.
SANATÓRIO - Quê coisas então você faria?
GARANHÃO - Tudo que não fiz e os meus melhores amigos, sócios e empregados fizeram.SANATÓRIO - Por exemplo...
GARANHÃO - Estudar muito mais matemática no primário e no ginásio, ao invés de portugues.
SANATÓRIO - Por que isso?
GARANHÃO - Se saber portugues fosse fundamental, as pessoas não nasceriam na China, na Mongólia, na Cracóvia...
SANATÓRIO - Quando você descobriu isso?
GARANHÃO - Primeiro, foi quando morei em Atenas. Eles falavam grego e eu entendia tudo. Eu não falava coisa com coisa e eles me entendiam perfeitamente.
SANATÓRIO - Como assim?
GARANHÃO - Bolas, o ingles e o espanhol que eles falavam eram bem piores que o meu.
SANATÓRIO - Tá e depois?
GARANHÃO - Depois foi quando, sem saber nada de ciências exatas, não fui capaz sequer de calcular que um cara como Lula pudesse ser, mais do que presidente do Brasil, um palestrante internacional.
SANATÓRIO - E quê mais?
GARANHÃO - Quê mais?!? Foi esse palestrante que, sem saber e sem ler, assinou a reforma ortográfica luso-brasileira. Terminou mal e porcamente os dois mandatos dele e nunca falou em fazer a reforma matemática. Agora mesmo é que não sai mais.
SANATÓRIO - E daí?...
GARANHÃO - E daí, mais nada. Descobri o ouvido da minhoca. Não faria tudo outra vez. Estudaria matemática para não quebrar a cabeça. E nem a cara.
MORAL DA ENTREVISTA - A vida não é um romance. É só uma questão de cálculo. É preciso saber fazer as contas.