UM DIA, UM METALÚRGICO
AINDA SERÁ PRESIDENTE DO BRASIL
Sempre dando um jeito de ser iluminado pelos holofotes da mídia que tanta azia lhe causavam, Seu Encarnado não cansa de dizer coisas e dar palpites sobre tudo e sobre todos. Agora, aproveita o emprego de alto salário como presidente de honra do Partido dos Trabalhadores e já anuncia a vitória do PT em São Paulo e no Planalto do Planalto "diante de crise da oposição".
Seu Encarnado, o que não desencarna do poder, esbalda-se e diz que "desgaste de PSDB e DEM com criação de PSD de Kassab é janela de oportunidades".
O que ele não diz e nem o povo se dá conta é que nos seus oito anos de mandato como grande arquiteto da "estratégia de coalizão para a governabilidade", ele acabou implantando o regime do partido único. O balcão de compra e venda foi tão escancarado que ninguém mais esconde que o melhor mesmo é se juntar aos "vencedores".
Está assim estabelecido no país o sistema da democracia mole - aquela que relaxa e se deixa penetrar pela ditadura. E goza.
O metalúrgico Lula se fingiu de presidente por dois mandatos, mas na verdade foi, durante o tempo todo, o maior empresário que o Estado brasileiro já teve.
Comprou tudo, em tudo que foi canto dos poderes constituídos, do poder institucional e dos organismos de defesa do cidadão. Passou a lábia em todo mundo. Já não tem tribunais que o condenem; nem ministérios ou estatais que não lhe caiam como uma luva; muito menos partidos de todos os tamanhos, ou institutos, sindicatos e fundações que não caibam na sua enorme bolsa-famiglia.
Se a bolsa ficar escassa, a saída é usar o velho saco de gatos para guardar ali tudo quanto for da mesma raça, da mesma espécie.
É por isso que Sarney preside o Senado; Renan está na Comissão de Étiririca da Casa de tolerância; Delúbio Soares foi abençoado por ele e Zé Dirceu que mandam no PT e Rui Falcão passa a cuidar dessas águias petistas de todos os partidos, cuja revoada rumo a Passárgada é mais oportuna e lucrativa do que nuncanahistoriadessepaís. São todos amigos do rei.
Com o dinheiro das burras públicas e a perigosa e maléfica arma de sua língua afiada, Seu Encarnado foi cortando, eliminando os adversários que reduziu a inimigos indefesos, hoje já sem ter para quem, nem sequer para o quê apelar.
Lula nunca foi presidente. Foi mercador de almas, comprador das coisas públicas, vendedor de esperanças. Chamou o constante toma-lá, dá-cá de coalizão. O Estado virou moeda de troca para a robustez, boa saúde e boa vida da base alocada.
Lula mudou o Brasil. A elite hoje é o PT e seus quadros em tudo quanto é parede estatal. Ele mesmo mudou. De pobre para rico.
Mudou tanto que agora já não quer ser apenas um reles cabo eleitoral, nem comerciante no Palácio do Planalto. Agora, ele quer ser presidente da República. Quer, porque quer, só para ver como é mesmo que um antigo metalúrgico aposentado se sentirá quando for, de verdade, presidente do Brasil.
Poderá conhecer o gostinho de ser mesmo, de ser realmente presidente dessa nação, assim que consolidar nas urnas a ameaça Lulalá-2014.