MUDANÇA Á LA EGITO JÁ! MAS DIFERENTE DO EGITO.

O que enlouquece o corpo redatorial aqui do Sanatório da Notícia é que o Brasil não tem cura. Com o povo que tem, está fuçado e mal pago. Somos quase 200 milhões de habitantes: 199 milhões de pessoas e 1 milhão de políticos.

No dia em que o brasileiro decidir dar uma estocada nos fundilhos dessa pandilha de sevandijas, antes vai ter que dar sumiço nas vacinas antitetânicas, se quiser acabar com sua raça. É que sua lança está velha e enferrujada. Já não sente o prazer do golpe há muito tempo. Se não sumirem com a vacina, a enfiada será inóqua. Eles, os que nos violentam; os que seviciam a nossa ainda jovem democracia continuarão imunes e impunes.

A mudança que o Brasil precisa não depende de partidos, nem dos poderes constituídos hoje infiltrados pelo crime organizado estatal; precisa apenas que o povo tenha um ataque à moda egípcia para fazer o que deve ser feito com essa gentalha que, quando enriqueceu e assumiu o poder, dividiu o país em Brasil dos ricos e Brasil dos pobres; em Brasil dos que podem e Brasil dos que se sacodem.

Só não adianta fazer que nem os egipcios. Eles derrubaram - desorganizados, apenas indignados - o tal de Mumiabarak, mas não sabem o que fazer agora para impedir que um clone daquela múmia seja o novo governo. Não sabem e nem tem quem o faça.

O Brasil, do jeito que está - comprado e vendido de qualquer jeito - não pode indignar-se a tal ponto que a emoção lhe tire a razão. Do contrário, a mudança popular, será como o cachorro que corre latindo atrás da bicicleta: o ciclista pára e o cachorro estanca. Nem latir, ele late mais.