O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

27 de abr. de 2011

PEQUENO INCIDENTE NO ENSAIO REAL

O Garanhão de Pelotas  e suas três secretárias-executáveis estavam ontem em Londres. Foram lá só para assistir ao ensaio derradeiro para o casamento do príncipe William com a pebléia Kate. Já decidiram que não ficarão para a festa megabrega:

- Há fortes indícios de que será decepcionante. Vamos agora mesmo para o Caribe - disse a porta-voz morena do nobre pelotense.

A essas alturas, a loira e a ruiva já estavam fazendo malas e bagagens. O Garanhão  fechava a conta no Hotel Goring, situado a 15 minutos da Abadia de Westminster. Por sinal, a mesma luxuosa estalagem londrina onde estão hospedados os plebeus da família de Kate Middleton.

Os sinais que afugentaram o Garanhão e seu trio maravilhoso da capital da Inglaterra:

Reprodução
Primeiro foi o desfile da cavalaria. Ninguém errou nada, absolutamnete nada. Nenhum cavalo, nem qualquer cavaleiro fez cocô no passeio público. Quer dizer, treinaram para fazer absolutamente nada de inusitado, ou alegremente desagradável. Vai ser aquela sobriedade só.

Reprodução
Depois veio o ensaio com um par de clones do casal real  posudamente sentados na carruagem oficial. Um desastre. Eram dois canastrões. E o Garanhão de Pelotas não perdoa. Cai matando a pau. Vejam o que ele jura que viu e ouviu, do lugar privilegiado de onde observava todos os movimentos.

Foi assim: a dupla ia na carruagem, toda faceira, interpretando o casal real que casa na sexta. Eis que, senão quando, um dos garbosos cavalos puxadores da charrete monárquica, levanta a bem tratada cola e expele silenciosamente uma reação exotérmica cuja composição de gás era altamente variável e humanamente insuportável às narinas de qualquer vivente, de rainha a vagabundo.

O clone do príncipe William, impávido e colosso, olha então para a moçoila que desempenhava o papel de Kate Middleton. Percebe que suas faces estão coradas. O galante artista, sem perder as estribeiras, dirige-lhe a palavra principesca:

- Desculpe, minha princesa...
- Não foi nada, não. Acontece. Pensei que tinha sido o cavalo.

A cena tem pelo menos cem anos de vida. Mas, do jeito que as coisas andam, até granada cai duas vezes no mesmo lugar. O casamento do século tem tudo para ser uma chatice. O Garanhão  não vai esperar para ver. Já está chegando num desses paraísos caribenhos. Lá é que é a sua praia.