O BRASIL TEM A SOLUÇÃO PARA O MUNDO ÁRABE
Essa revolta toda pelo Mundo Árabe é só uma "marolinha". Como diria Seu Encarnado, o quer não desencarna do poder - "a gente aqui no Brasil temos solução pra tudo". Claro, a gente só não tem solução para a guerra do trânsito, tanto urbana quanto pelas rodovias de Norte a Sul. Mas isso é outra história.
Para tomar as devidas providências, primeiro é preciso saber direitinho porque a paz e a harmonia já não colam nesa verdadeira goma arábica. Vamos por partes ao universo desses ditadores:
MAURITÂNIA - A plebe ignara que a cabneça do companheiro presidente Mohamed Abdelaziz que está no poder há dois anos apenas. A rebeldia é por conta da alta nos preços da comida e da água;
MARROCOS - Mandando e desmandando nos marroquinos desde 1999, o rei Mohamed 6° deixou proliferar o desemprego e a miséria. O povão gostou do que viu no Egito e quer fazer com ele a mesma coisa que os vizinhos fizeram com o faraó de lá;
ARGÉLIA - Inflação, corrupção, tirania, desemprego, são as principais virtudes do presidente Abdelaziz Bouteflika, desde 1999 no governo. Os argelinos já não aguentam mais;
LÍBIA - No poder desde 1969, Muamar Kadafio dispensa comentários tipo "amigo, irmão, líder". É mais que isso: tirano, desalmado, trilhardário e bandidão. Está comendo o pão que ele mesmo amassou. Vai acontecer o diabo com ele;
TUNÍSIA - Lá o presidente Zine El Abidine Ben Ali foi deposto depois de 24 anos de tirania, opressão, desemprego e miséria. A Revolução de Jasmin puxou a sua cadeira;
EGITO - Cansado de miséria, abandono, desmandos, desesperança, o povo tirou a múmia Hosni Mubarak da presidência. Ele fazia o que bem entendia com os egípcios há mais de 30 anos;
SUDÃO - Lá o povo se virou em dois e já não suporta nem olhar para a cara do presidente Omar al-Bashir. Esse cansaço vem lá de 1989 quando Bashir se adonou do país;
IÊMEN - Miséria e opressão levam o povo às ruas pedindo a queda de Ali Abdullah Salleh que pegou a presidência em 1989 e nunca mais largou o filé. O osso ele deixou para os iemenitas;
DJIBUTI - Os confrontos não param mais. A população não suporta mais a ditadura de Ismael Omar Guellet que se diz presidente desde 1999;
BAHREIN - O rei Hamad bin isa Al Kalifah é um xeque sem fundo para os plebeus que, desde 1999, passam fome, miséria e crueldades. Os ativistas estão sendo mortos em penca por lá;
OMÃ - Em 1970 começaram as regalias do sultão Qaboos Bin Said Al Said. Para ele é claro. Para o povo sobram baixos salários, alto custo de vida, impostos, opressão e miséria. Está na marca do penalti;
IRAQUE - O país é governado desde 2006 pelo primeiro-ministro Nouri al-Maliki. Os iraquianos vivem cercados de corrupção, misérias; não têm serviços públicos como os que se tem aqui no Brasil e falta comida;
JORDÂNIA - Lá só vivem bem os que são amigos do rei Abdullah 2° que é soberano desde 1999. O primeiro Abdullah já era ruim, imagine o segundo. O povo quer reforma constitucional e comida;
SÍRIA - Alçado ao poder em 2000, o presidente Bashar al-Assad vai levando a Síria num mar de corrupção, ditadura, miséria. O povão agora garante que Bashar al-Assad vai baixar, nem que seja assado;
CISJORDÂNIA - O presidente é da Fatah: Mahmoud Abbas. Está comendo uma cuíca diante das manifestações populares de solidriedade ao Egito. Não demora dá os doces;
FAIXA DE GAZA - A Faixa é do primeiro-ministro Ismail Haniyed e ninguém tasca. Ele é do Hamas. Isso quer dizer rigorosamente nada. Quem vive lá não é feliz.
Pronto, agora já se tem um resumo dessa ópera das Arábias. Mais que isso. "A gente temos por aqui a solução para essas 'marolinhas' sem maior importância".
Basta traçar, a partir de agora, com a maior urgência um roteiro de palestras do Seu Encarnado pelo mundo árabe e implantar o Bolsa-Família em cada um desses países. O povo vai adorar e, como já se sabe, perder todo e qualquer sinal de indignação. Yes, nós temos know how.