Por Carlos Eduardo Behrensdorf - Brasília
Uma pesquisa feita em 27 países a pedido do Serviço Mundial da BBC revelou que a ascensão econômica e militar da China gera preocupações nos países ricos, mas que a potência asiática é bem vista pelas nações emergentes.
No Brasil, onde as opiniões negativas da China diminuíram em relação à primeira edição da pesquisa, foram feitas 800 entrevistas em nove capitais do país.
Também no Brasil a China goza de uma imagem melhor: de 2005 para cá, as opiniões negativas do crescimento chinês caíram nove pontos, para 26%. As visões positivas somaram 44%
Também no Brasil a China goza de uma imagem melhor: de 2005 para cá, as opiniões negativas do crescimento chinês caíram nove pontos, para 26%. As visões positivas somaram 44%
Em média, 50% das pessoas ouvidas mundialmente disseram ter uma visão positiva da ascensão econômica chinesa, enquanto 33% disseram ter uma visão negativa.
Comparada com 2005, a visão negativa aumentou nos Estados Unidos, México e Canadá, e nos países mais avançados da Europa (França, Grã-Bretanha, Alemanha, Itália).
"Não há dúvida de que a ascensão da China, junto com um sentimento de estagnação e paralisação entre os países ocidentais, é psicologicamente perturbador", afirmou à BBC o articulista do jornal The New York Times Tom Friedman.
Mas esse ponto de vista é contrabalançado pela visão amplamente positiva da ascensão chinesa em países africanos que têm se beneficiado de investimentos chineses em infraestrutura e recursos naturais, como Nigéria, Quênia e Gana (82%, 77% e 62% de visão positiva, respectivamente).
A ascensão militar da China é vista com mais reservas pelos entrevistados na pesquisa.
Na Coréia do Sul e na Austrália a visão negativa foi 76% e nos EUA, 79%.
Países da Europa ocidental vêem o poderio militar chinês com cada vez mais reservas e os africanos e emergentes asiáticos, para quem o crescimento militar de Pequim preocupa menos.
No Brasil, a visão negativa superou a positiva (46% - 29%), assim como no México (53% - 17%).
A China é acusada, nos meios empresariais e políticos, de manter seu câmbio artificialmente desvalorizado – o que aumenta a competitividade dos produtos chineses no exterior.