Doações irregulares para as eleições de 2010 somam R$ 142 milhões. Nada menos de 3.996 das 19.658 empresas doaram irregularmente; um bloco de 1.743 doações estão sob análise.
Que prurido é esse que bota apelido nessa mixórdia de milhões de reais? Essa gandaia tem um nome no Código Penal brasileiro.
O dinheiro vai entrando assim, aos borbotões e, como os políticos não têm nada a ver com as pessoas comuns, pegam tudo que aparece e sabem muito bem o que fazer com o que chamam, sem qualquer cerimônia, de "doações".
É como se, em plena Avenida Paulista, ou nas calçadas de Copacabana, você visse a carteira cair do bolso do cidadão que caminha a sua frente e, sem perda de tempo, se adonasse dela como se fosse apenas um daqueles sujeitos bafejados pela sorte. A diferença é que você não é como eles.
Mas há exceções. Certos políticos se comportariam de maneira diferente: pegariam a carteira, olhariam o conteúdo e, se a grana fosse mixaria, bateriam nas costas do desavisado transeunte, fazendo o favor de lhe devolver o objeto perdido. Mais do que ganhar um novo brasileiro reconhecido, estariam conquistando mais um cabo eleitoral.