Depois de passar a lição de casa para a primeira-Dona Flor do Brasil - ruminar o retorno da CPMF - Lula foi para baixo dos holofotes disfarçar que não odeia perder uma parada alta como aquela do imposto do cheque. Logo depois, foi para o horário nobre de todas as TVs e fingiu que não estava lendo nada, retorcendo-se todo diante do teleprompter. Era a leitura de improviso da "nota oficial" do presideus com relação ao dia da consagração da dona Dilma.
E, como sempre, vitimou-se enquanto mandava desaforo paa cima de quem não é seu súdito: “Peço que nossa oposição não faça contra Dilma a política que fez comigo, a política do estômago, a política da vingança”.
Era para ter agradecido à pusilanimidade de seus adversários que, quando saltitou o escândalo do Ali Babá e seu 40 mensaleiros, perderam a primeira grande chance de decretar o seu impeachment. Dali em diante, seu reino não valeu mais nem um cavalo. Consolidou-se como o paraíso da banalização das falcatruas. E a oposição que ele abomina, alí ó, parada como água de poço. Afoga-se hoje em mágoas. Bem feito! Quem mandou serem uns bananões?!?
Não é por nada, não. Mas eu espero exatamente o contrário do que Lula diz esperar. Acho até que com essa atitude estou me juntando justamente a ele, Lula - o que não prega prego sem estopa. Quando diz que espera uma coisa é porque está esperando justamente outra. Estou embarcando nessa canoa furada.
Espero que a oposição faça contra Dilma a política que não fez com Lula, sem vingança imaginária e estomago para engolir sapos barbudos, ou lulas de batom. Acho que é exatamente isso que Luís Inácio quer, mas não diz.