O medo

TENHA MEDO DO QUE O GOVERNO PODE FAZER COM VOCÊ. NO BRASIL GOVERNAR É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS.

7 de abr. de 2011

DO MUNDO UM POUCO

Entrando na fumaça do Oriente e África
Por Carlos Eduardo Behrensdorf - Brasília

Já que o Oriente Médio está na pauta dos grandes meios de comunicação e o desacerto é geral, com míssil ou sem míssil, aproveito o banho de sol no Sanatório da Notícia e resolvo sacudir a burka da vovó e entrar no enredo. Assim sendo, vamos ao trivial variado: nós, dentro e fora do Sanatório, temos o costume de chamar os imigrantes árabes em geral de “turcos”. Certo? Claro que não, habib! Errado!

Explico, após extenuante leitura nos alfarrábios que me acompanham nas freqüentes e intermináveis internações: os turcos são muçulmanos, mas não são árabes, uma vez que não falam a língua árabe. O motivo da confusão procede: quando os primeiros imigrantes vindos da Síria e do Líbano chegaram ao Brasil, esses países estavam sob o domínio do Império Turco-Otomano. Assim, os imigrantes entravam no Brasil registrados como turcos.

Com a independência do Líbano e da Síria o tratamento deveria mudar, lembrando que um libanês não deve ser chamado de turco, por tratar-se de povos distintos.

Prossigamos neste relato, sem dúvida, uma verdadeira mala sem alça! Paciência.

Os remedinhos às vezes produzem efeitos colaterais inesperados.

Vamos aos termos “árabes”, “muçulmano” ou “islâmico”. Existem diferenças entre eles? Os búzios respondem sim e não.

Islâmico refere-se aos seguidores do Islamismo, a religião criada no século VII d.C. por Maomé e que hoje conta com seguidores no mundo todo.

Muçulmano é apenas um sinônimo de islâmico, não havendo nenhuma diferença entre os termos. Muçulmano significa que a pessoa é islâmica.

Árabe designa uma etnia caracterizada pela língua árabe. Todos os povos que têm a língua árabe como oficial podem ser chamados de árabes: iraquianos, egípcios, marroquinos, palestinos, sauditas, entre muitos outros.

Concluindo ou quase concluindo:

Islâmico e muçulmano referem-se a uma religião;

Árabe é uma etnia;

A religião islâmica foi criada pelo povo árabe;

Entre o povo árabe o islamismo ganhou muitos adeptos, o que não quer dizer que para professar o islamismo é preciso ser árabe.

Nem todo muçulmano (ou islâmico) é árabe. Os turcos, os iranianos e os afegãos são povos muçulmanos, mas não árabes. Isso porque não falam a língua árabe. O país que possui a maior população muçulmana do mundo é a Indonésia, que também não é árabe.

Na Europa, há diversos povos muçulmanos, como é o caso dos Albaneses, dos Bósnios, dos Chechenos. Além disso, há muitos imigrantes muçulmanos em países como França, Alemanha e Inglaterra. Chega... cansei. Fui! (Carlos Eduardo Behrensdorf – Brasília).

UMAS QUE OUTRAS

O DRAGÃO ESTÁ AÍ - A inflação do governo é uma; a que não cabe nos seu bolso é outra. De qualquer maneira, a sua opinião não vale nada; a do Guido Manteiga, cada vez mais escorregadia, vale quanto pesa.

MOVIDO A ÁLCOOL - Não é preciso aumentar mais o preço do combustível no Brasil. O litro da gasolina já está mais caro que a garrafa de cerveja.

O POETA - Lula, depois de discursar para seus pares - empresários e patrões da Microsoft - nos Estados Unidos, continuou dizendo coisas dos dentes pra fora. Em tom de aviso velado, típico de quem quer desviar o rumo das coisas, regorgou que "o julgamento do mensalão deve sair no Brasil só lá pelo ano 2050". Tomara que assim seja: todos esses mensaleiros e os Alis Babás que estão envolvidos na cretinice das propinas mensais, não podem dizer que foram inocentados. Estão e estarão todos livres, porque não foram devidamente julgados. Nessa pandilha de sevandijas "ninguém é inocente, ninguém é anjo" - como disse uma vez o próprio Seu Encarnado, se referindo ao Congresso Nacional. Como desdenharia o profícuo deputado Romário com seu olhar de Morfeu: - Calado, esse Cara é um poeta.